Chefe do Gaeco fala dos 20 anos de atuação e de como cidadão pode fazer denúncias 1j5d67
Trabalho deu início com investigação de crimes relacionados à comercialização de combustível e hoje são conhecidos pela repressão aos crimes praticados por grandes organizações criminosas 17x1w
Nos 20 anos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) a procuradora de Justiça, Ana Lara Camargo Castro, coordenadora do grupo, falou em entrevista nesta manhã ao ao Bom Dia MS sobre o trabalho do braço do Ministério Público dedicado a investigações complexas, como foi a Omertá, que atacou organização criminosa à qual foi atribuído o comando dos jogos de azer em Campo Grande e uma série de crimes de pistolagem.
O Gaeco existe desde 2002, quando surgiu em reação ao assassinato de um promotor. A procuradora Ana Lara, na entrevista, explicou também como o cidadão pode colaborar com o Gaeco.

Confira a entrevista: 1z3341
Como você avalia o trabalho de 20 anos do grupo que começou com o foco no combate de crime de grandes organizações?
O grupo atingiu uma enorme maturidade, nasceu com episódio da morte de um colega em Minas Gerais, o Francisco Lins, que foi assassinado no contexto de investigação da máfia dos combustíveis. Por isso esse foco em crime contra a ordem tributária, econômica e setor de combustíveis e avançou para tratar crimes relacionados a organizações criminosas, istrações pública em geral, lavagem de dinheiro e acendeu nesses 20 anos uma confiabilidade da população sul-mato-grossense que muito nos impressiona. A capacidade de resultado investigativo, a capacidade de atingir estruturas e hierarquias que antes não eram atingidas aqui no estado. Uma evolução de muita maturidade. O Gaeco se solidificou numa parceria com os órgãos de segurança pública e inteligência do estado e sobretudo uma maturidade interna da valorização do espírito de grupo e das decisões da coletivas de atualização.
Quando e como um caso ou uma investigação vai para o Gaeco?
Elas podem ser nativas do Gaeco, por exemplo, notícias que chegaram até lá e que nós vamos trabalhando as investigações em PIC (Procedimento Investigatório Criminal). O Ministério Público investiga por PIC e não por inquérito policial, que é o instrumento da Polícia Civil. Elas podem ser também oriundas de promotorias do estado e que pedem e ao Gaeco nessas investigações. Elas podem ser de alta complexidade ou que envolva organizações criminosas, mas elas podem ser nativas do grupo ou ser uma parceria com outros colegas do estado.
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Uma das operações que a gente viu do Gaeco recente, que foi uma operação que envolveu muito trabalho foi a Omertà, por exemplo né?
A Omertà é uma operação muito conhecida, muito forte do Gaeco porque atingiu estruturas de poder, muito solidificadas aqui no estado há muitos anos. Ela ainda está em curso, alguns processos já foram sentenciados e estão na fase de recurso. É uma investigação que ocorreu por meio de procedimento investigatório e é conduzido por nossos colegas promotores que integram o Geaco.

Como a população pode levar uma denúncia até o Gaeco, como funciona isso?
Nós recebemos a notícia por ouvidoria. Pelo grau de confiabilidade que o Gaeco tem da população, muita coisa que chega lá não é nossa, não está na nossa área de atuação, mas quando chega para mim leio cada uma e despacho, fazendo os encaminhamentos. Aquelas que são pertinentes ao Gaeco a gente faz uma análise da viabilidade de prosseguir naquela investigação ou não. Se há uma linha investigativa possível, se há recursos materiais ou humanos suficientes para aquele momento. Tudo é avaliado. Então pode ser pela ouvidoria ou pelo Gaeco, muitas vezes as pessoas levam elementos no próprio e-mail do Gaeco, [email protected]. Algumas pessoas pedem para ir lá, enfim, pedem sigilo, pedem anonimato. De muitas formas essas notícias chegam até o Gaeco.
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