Após 11 anos: “Caso Marielly” terá desfecho nesta quinta-feira 3y5x3p
O cunhado de Marielly Barbosa Rodrigues,, Hugleice da Silva e o técnico de enfermagem Jodimar Ximenes Gomes vão a júri popular em Sidrolândia 3d4p5z
Um dos crimes de maior repercussão dos últimos anos e que ficou conhecido como “Caso Marielly” terá desfecho nesta quinta-feira (15). Onze anos depois do aborto malsucedido que terminou na morte da jovem Marielly Barbosa Rodrigues, vai a juri popular o cunhado da vítima, Hugleice da Silva e o técnico de enfermagem Jodimar Ximenes Gomes.

O julgamento está marcado para acontecer em Sidrolândia, cidade onde Marielly foi levada por Hugleice para fazer o aborto na casa de Jodimar, e município onde o corpo foi encontrado em um canavial.
Jodimar mora na cidade, mas Hugleice teve de viajar mais de 500 quilômetros para participar do julgamento. Isto porque ele está preso em Mato Grosso, onde cumpre outra condenação por violência doméstica e tentativa de feminicídio.
O caso começa a ser julgado às 9h, no Plenário do Tribunal do Júri de Sidrolândia, cidade distante 72 quilômetros da Capital. Ao todo, quatro testemunhas serão ouvidas: dois parentes do técnico de enfermagem, uma policial e a irmã da vítima. Outras pessoas prestaram depoimentos durante o processo.
A denúncia 5p2w4d
Segundo o inquérito, no dia 21 de maio de 2011, em Sidrolândia, Jodimar e Hugleice provocaram o aborto em Marielly com o consentimento da vítima ocasiando-lhe a morte.
Ainda conforme o MPE, Hugleice manteve relacionamento sexual com a vítima e isto resultou na gravidez. Por conta disso, os dois – Hugleice e Marielly – decidiram interromper a gestação através do aborto, em Sidrolândia.Na casa de Jodimar, a vítima ou mal e veio a falecer em consequência do aborto.
Logo após a morte, segundo o MPE, Jodimar e Hugleice ocultaram o cadáver da vítima em um canavial localizado em uma estrada vicinal próximo à Sidrolândia. Os dois carregaram o cadáver da jovem na caminhonete de Hugleice e se deslocaram até o canavial.

A defesa 59544a
O advogado de Hugleice, José Roberto Rodrigues da Rosa, confirma que amanhã ocorre o desfecho do caso. “Mas o júri tem a palavra final. E a não ser que aconteça alguma nulidade ou que o juiz tenha a mão muito pesada e fuja dos parâmetros da ‘dosimetria’ de pena, para nós acaba amanhã”, disse.
O advogado David Olindo acredita que o julgamento será uma “análise de provas científicas”. Ele sustenta que a menina não tinha condições de ar por um aborto, porque o exame de sangue feito que atestou a gestação – realizado três meses antes da morte – apontava à época sete semanas de gestação, e que na data da morte Marielly já estaria de pelo menos 24 semanas e que o feto apareceria no corpo.
Quando Marielly foi encontrada no canavial não havia ossos de feto.
Jodimar chegou a ficar preso 9 meses à época do caso e desde então estava solto esperando julgamento em liberdade. Ele comparecia mensalmente ao Fórum.
Hugleice está preso e responde por tentar matar a esposa, irmã de Marielly. Durante uma briga, ele deu golpes em Mayara usando uma faca de cozinha. O caso aconteceu em Rondonópolis.