Advogados alvos de operação do Gaeco em MS são de Iguatemi 4q6d56
OAB-MS emitiu nota informando que acompanha caso e tomará medidas cabíveis 132r3f
Os advogados alvos da Operação Arnaque, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na manhã desta quarta-feira (5), são de Iguatemi, cidade 394 quilômetros distante de Campo Grande.

Em nota a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul) informou que a comissão de defesa e assistência está acompanhando as diligências e adotará as medidas legais e cabíveis quando ao caso.
“Inclusive de natureza disciplinar, respeitando sempre o direito à ampla defesa e contraditório, bem assim as prerrogativas da advocacia”, diz a nota. A operação abrange outros sete estados.
De acordo com a investigação, dois grupos criminosos usavam o nome de pessoas em vulnerabilidade para entrar com processos contra bancos por todo o país com pedidos de indenização por empréstimos consignados fraudulentos.
Os mandados de busca e apreensão, além de prisão, foram cumpridos também contra vereadores e servidores públicos. Em cinco anos, o grupo movimentou mais de R$ 190 milhões, conforme divulgado pelo Gaeco.
O modos operandi, segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), era persuadir idosos, deficientes e indígenas, assim que conseguiam as procurações para atuarem em seus nomes, aplicavam o golpe que incluía contrair empréstimo e indenizações.
A persuasão ficava a cargo dos advogados, tanto que mais de 70 mil demandas judiciais sob responsabilidade dos grupos criminosos em todo o país. Cerca de 10% dos casos terminavam com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.
“As investigações revelaram que os crimes, apesar de explorarem pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social, permitiram que líderes das organizações criminosas movimentassem cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade”.
Nesta quarta-feira são cumpridos 39 mandados de prisão. Entre os alvos estão sete advogados, dois vereadores e outros dois servidores públicos – os nomes dos suspeitos, ou a cidade em que eles estão, não foram divulgados. Além disso, 51 endereços foram listados para busca.
De acordo com nota divulgada pelo Ministério Público, os mandados de busca e apreensão são cumpridos em 21 cidades do país.
Confira a lista: 502456
- Mato Grosso do Sul – Iguatemi, Naviraí, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas, Eldorado, Anaurilândia e Chapadão do Sul
- Bahia – Barreiras
- Goiás – Goiânia
- Mato Grosso – Sinop
- Minas Gerais – Iturama
- Paraíba – João Pessoa
- Paraná – Araucária, Cascavel, Campo Mourão, Guarapava, Peabiru, Engenheiro Beltrão e Icaraíma
- Piauí – Floriano