Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF nesta quinta-feira (15), por determinação do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Ednaldo foi reeleito ao posto há menos dois meses, em 24 de março, numa disputa sem adversários.
Ednaldo Rodrigues. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Para a presidência da CBF, o desembargador nomeou como interventor um dos vice-presidentes da entidade, Fernando Sarney, que deverá convocar novas eleições “o mais rápido possível”.
Ednaldo foi afastado por suspeita de falsificação de um acordo que encerrou uma ação judicial que questionava o processo eleitoral da CBF — e que permitiu a eleição realizada em março deste ano, mantendo Ednaldo na presidência.
“DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES, HOMOLOGADO OUTRORA PELA CORTE SUPERIOR, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido por CORONEL NUNES”, escreveu o magistrado em sua decisão.
Entenda o porquê do afastamento do presidente da CBF 73y6u
Ednaldo era alvo de dois pedidos de afastamento no STF (Supremo Tribunal Federal): um da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e outro do próprio Fernando Sarney, agora nomeado interventor.
Ambos afirmavam que a do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, havia sido falsificada em um acordo firmado no início deste ano. Um laudo pericial chegou a confirmar a falsificação.
Com isso, Daniela do Waguinho e Sarney argumentaram que o documento era inválido. O caso foi encaminhado de volta ao TJ-RJ por ordem do ministro Gilmar Mendes, do STF, que, embora tenha negado o afastamento imediato de Ednaldo na ocasião, indicou a necessidade de fiscalização.
O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro tentou ouvir Coronel Nunes na última segunda-feira (12), mas o advogado do ex-presidente da CBF informou que ele não compareceria por razões de saúde.
Diante disso, a audiência foi cancelada, e o magistrado decidiu pelo afastamento de Ednaldo nesta quinta-feira, conforme noticiou o Globo Esporte.
Esta é a segunda vez que o TJ-RJ destitui Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Em dezembro de 2023, ele também foi afastado, mas retornou ao cargo um mês depois por decisão do ministro Gilmar Mendes.
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