5 a 0: investigação apura denúncia de manipulação de resultado em jogo do Coxim 49p5r
Denúncia é do meio campista do time; Coxim chegou a ser desclassificado após resultado 6g736y
Eliminado do Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol, o Coxim se tornou alvo de investigação por parte do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva do Mato Grosso do Sul) e da Federação de Futebol estadual, após denúncia indicar possível manipulação de resultado na partida contra o Águia Negra, no último domingo (13). Na ocasião, o time perdeu por 5 a 0.

O jogo foi realizado no estádio Ninho da Águia, em Rio Brilhante. De acordo com denúncia feita à Rádio Esporte MS, pelo meio campista Juninho, do Coxim, o clube que precisava apenas de uma vitória simples para se classificar pra fase final do estadual, teria negociado a vitória do adversário.
A denúncia foi feita na última terça-feira (15), dois dias após a derrota e desclassificação do Coxim. “Nosso time é muito bom, tecnicamente, coletivamente. Só que é difícil falar, três jogos fora e tomar 15 gols, sendo que em casa a gente joga e toma um gol? É complicado. Aí que começou o ‘zum, zum, zum’”, relatou o jogador em entrevista, se referindo aos boatos que circulam na cidade.
O resultado do último jogo não é o único investigado. De acordo com a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), outras situações também estão sendo apuradas, como a goleada diante do Aquidauanense, por 5 a 1, no dia 26 de fevereiro.
Na ocasião, o camisa 10 do time foi expulso aos 29 minutos do primeiro tempo, junto com o técnico Luís dos Reis e outro atleta do clube, após uma briga dentro de campo.
“Eu me estressei, depois pedi desculpa. Depois conversamos, eu entendi, mas não aceito. Entendi a necessidade dele de fazer o que faz, mas não aceito””, argumentou Juninho, ao lembrar expulsão após perceber que o colega de campo estava de “corpo mole”.
A entrevista do jogador repercutiu e chegou ao TJD, que iniciou investigação. “Estamos apurando indícios para que, com base no código 81 do código brasileiro da Justiça Desportiva, possamos requerer instauração de inquérito com objetivo de apurar a real ocorrência dos fatos e determinar sua autoria”, afirmou Wilson Pedro dos Anjos, procurador do TJD-MS.
Origem do esquema 564ow
De acordo com a denúncia, o comandante do esquema seria o gestor de futebol do Coxim, Marcelo Lucas Ribeiro. Ele já tinha trabalhado no clube na formação do elenco vice-campeão da série B, no ano ado, e em outra ocasião, quando o time encerrou a primeira fase do campeonato estadual na última colocação do grupo 6.

A colocação foi resultado de apenas uma vitória e 41 gols sofridos, em 14 partidas.
A reportagem procurou Marcelo Lucas, que disse que não daria entrevista e nem gravaria vídeo, por orientação júridica, mas respondeu por meio de um aplicativo de mensagens. Ele afirmou que não está mais na cidade, pois acompanha o nascimento do filho, e que tomou conhecimento das acusações via imprensa.
Por mensagem, o gestor afirmou ainda, que já está tomando providências jurídicas. Segundo ele, a denúncia trata-se de uma inverdade, que será comprovada em processo judicial.
Caso seja a fraude seja comprovada, os jogadores envolvidos poderão “ser apenados com pagamento de multas de R$ 100 a R$ 100 mil, além de suspensão de até um ano em todas as atividades esportivas”, destaca o procurador do TJD. Eles também podem ser condenados a pagar indenizações a possíveis prejudicados.