Inspiradas por Rayssa Leal, meninas apostam no skate em Campo Grande 682u3g
Conhecida como fadinha, Rayssa se consagrou nas Olimpíadas de Tóquio como a mais jovem medalhista da história do Brasil: foi prata aos 13 anos 5z436
Inspiração. Qual outro sentimento é capaz de alcançar tantas pessoas mesmo a quilômetros de distância? Para a acadêmica de medicina veterinária Maria Eduarda Vaz esse sentimento tem nome e sobrenome; Rayssa Leal.
A skatista olímpica se transformou em motivação para a estudante e muitas outras meninas, conhecerem melhor a modalidade.

“Em 2020 a gente assistiu as olimpíadas de casa, a gente viu a Rayssa e foi super legal e eu não tive coragem até então pra começar a andar. É um superincentivo porque em geral tem muitos meninos.. Traz uma segurança a mais, um sentimento de pertencimento”
Maria Eduarda
Conhecida como fadinha, Rayssa se consagrou nas Olimpíadas de Tóquio como a mais jovem medalhista da história do Brasil: foi prata aos 13 anos e desde lá levantou vários troféus. Uma inspiração e tanto pra outras meninas, que veem nela a chance de alçarem grandes voos.
Em Campo Grande, a prova disso é o crescimento em alunas de skate.
Depois de tentar andar sozinha, Maria decidiu procurar as aulas. Há cinco meses encontrou Edduarda Grego, skatista e professora há três anos.
“Andando sozinha eu caia muito e me machuquei muito, então eu resolvi que queria fazer aula pra melhor e realmente melhorou. Eu tinha medo de errar mas é um ambiente que traz segurança, então no final das contas ficou até mais fácil do que eu imaginava”
Maria Eduarda
Nesse período, Edduarda notou de perto o aumento de mulheres nas aulas e nos espaços de skate da capital desde 2020. Com o “boom” das Olimpíadas, a escolinha chegou a ter 50 alunas.
“Quando eu comecei a andar de skate era uma realidade e eu consegue ver pessoalmente a mudança. Eu conhecia todas as meninas que andavam de skate na cidade, eu contava no dedo … agora já perdi a conta de quantas meninas são”.
Maria Eduarda
Para garantir a segurança das alunas nesse processo de adaptação, equipamento de proteção e preparo físico são prioridades nas aulas.
“Ainda tem um tabu que é muito perigoso, ele tem seus riscos assim como qualquer outro esporte, mas aqui nas aulas a gente enfatiza o uso dos equipamentos de proteção e outra tipos. Toda aula faz o preparamento físico, consciência corporal pra evitar quedas, também temos aulas de como cair da maneira correta, mas aí entra o potencial de educação, tem que levantar e tentar de novo”
Edduarda Grego
Para Edduarda ver de perto o crescimento de mulheres na modalidade desperta a consciência sobre o poder da representatividade, pra quem ta começando, como Maria e também pra quem já está há muitos anos no caminho.
“Isso dá uma representatividade muito grande pra gente que tá assistindo, a gente vê que tem uma mulher ali e fala opa eu também consigo. A gente ainda tem muito que crescer, mas eu vejo que tem um grande potencial de crescimento, já está acontecendo”.
Edduarda Grego