Conheça dona Nicolina, cuiabana que viu o Palmeiras pela primeira vez aos 66 anos 6um6y
Nicolina de Arruda acompanhou o Palmeiras por décadas, pela televisão. Ela é cadeirante desde 2014 r2958
Nunca é tarde demais para viver experiências inéditas. Um exemplo é dona Nicolina de Arruda, cuiabana de 66 anos. Cadeirante e com a coordenação motora comprometida, no ano ado ela assistiu o Palmeiras pela primeira vez na vida, na vitória sobre o Cuiabá, por 3 a 1, no fim de novembro, pelo Campeonato Brasileiro.
“Foi muito bonito. Uma experiência maravilhosa. Também foi a primeira vez dela na Arena Pantanal. Aproveitamos o direito que ela tem à isenção nos eventos. Com a covid-19, tivemos que dar um tempo. Agora, com a vacinação, ela já tomou todas as doses, teve essa oportunidade do Palmeiras jogar aqui e levei ela.”, conta a filha, Karolina Wega.
Foi a segunda vez do Verdão na Arena Pantanal, em sete anos. Em 2015, também pelo Brasileirão, o alviverde havia jogado na Arena Pantanal, contra a Ponte Preta. Na ocasião, somente a filha compareceu, pois a mãe estava debilitada.
Em 2014, Nicolina fez uma cirurgia para retirada de tumor e, partir disso, ela teve sequelas neurológicas, tendo apenas a parte motora comprometida. Desde então, a Karolina vem alegrando os dias da mãe, fazendo-a ter uma rotina adaptada.
“Tem sete anos que ela está acamada e, desde então, ela é cadeirante. A vida não acabou. A gente só se adapta. Eu a levava no cinema, nos shoppings e nos shows”, explica.
História de dona Nicolina 1g6b4z
Nicolina nasceu no distrito da Guia, em Cuiabá, e aos 8 anos veio para a cidade. Ela sempre gostou de futebol, e do Palmeiras. Nos anos 1970, acompanhava bastante o esporte na capital, na época de ouro do Dutrinha.
“Minha mãe acompanhava muito o futebol regional aqui que era muito forte, com o Dom Bosco e o Operário-MT. A balada de Cuiabá, na época, era o futebol”
Reaberto no dia 5 de fevereiro, Karolina já possui planos para levar a mãe ao Dutrinha o mais breve possível.
“Ela topou ir e estamos esperando a próxima oportunidade. O que nos preocupa mais, além da questão da covid-19, é a ibilidade. Na Arena Pantanal, foi a primeira vez dela e foi teste, também. Mas foi tudo tranquilo. No Dutrinha vai ser um teste, igualmente, porque não sei como está lá”, explicou a filha.

Vida rodeada por influência pelo Palmeiras 133a12
Segundo Karolina, a residência delas é decorada em verde, devido ao clube alviverde.
“A minha casa é verde, a janela é verde e os nossos móveis, também. Nossos objetos sempre tem uma referência que lembre o Palmeiras”, afirmou.
Antes de ver o Porco pela primeira vez, a idosa só acompanhava o clube do coração pela TV. Com o avanço das possibilidades de transmissão, quando não é televisionado, ela sempre dá um jeito.
“Vamos pro quarto, e assistimos juntas, no notebook, de forma on-line”, conta.
O jogador favorito dela é o lendário goleiro Marcos. No atual elenco, é o atacante Dudu, que fez o segundo gol do Verdão na vitória sobre o Al Ahly, na semifinal do Mundial de Clubes.
O atacante deverá ser titular na grande final, contra o Chelsea.