Uems terá 2 novos cursos para indígenas em 2023 703k5j

A aprovação dos cursos ocorreu durante reunião virtual, na última quarta-feira (20) 5v1d3m

A partir do ano que vem a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) terá dois novos cursos voltados à população indígena. O bacharelado em Agroecologia Intercultural para os Povos Indígenas do Pantanal, será ofertado em Aquidauana.

O mesmo curso também será oferecido na modalidade tecnológica para Indígenas Apenados em Regime Semiaberto e Indígenas não Apenados de Dourados. Os cursos serão ofertados por meio de convênio com o governo federal, através do Ministério dos Povos Indígenas.

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Vista aérea da Uems em Campo Grande. (Foto: Chico Ribeiro)

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O curso tecnológico ofertado em Dourados será desenvolvido em parceria com a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) com recursos provenientes do Ministério da Educação. Serão ofertadas 50 vagas no bacharelado de Aquidauana e 40 vagas em cada curso tecnológico – Amambai e Dourados, por meio de processos seletivos específicos realizados ainda em 2023.

A aprovação dos cursos ocorreu durante reunião virtual da Câmara de Ensino, na última quarta-feira (20), presidida pela pró-reitoria de ensino, responsável pela criação, implementação e acompanhamento dos cursos de graduação.

Pioneira 313u6b

A reivindicação por cursos superiores pelos povos indígenas do estado de Mato Grosso do Sul não é recente. A UEMS foi a primeira no Brasil a criar cotas para indígenas. Em 2002 a universidade ofereceu o primeiro curso específico para indígenas: Curso Normal Superior com turmas em Aquidauana para Terena e em Amambai para Guarani e Kaiowá.

A partir daí começou a participação efetiva de lideranças indígenas dentro da Uems em busca de outras ofertas. Em 2003 com a criação das cotas para indígenas em todos os seus cursos, garantindo 10% das vagas, que vigora até hoje, intensificou-se a participação em eventos, comissões e outras atividades realizadas pelo laboratório Rede de Saberes indígenas, conquistado com recursos da Fundação Ford por conta do protagonismo da UEMS no assunto.

Histórico 385l3q

No ano de 2015, os Povos do Etnoterritório do Pantanal trouxeram à UEMS a demanda específica para um curso de Agroecologia para os Povos do Pantanal. O projeto, entretanto, não evoluiu até a implantação, apesar de ter um pré-projeto pedagógico elaborado. Em 2015 ocorreu mais um movimento de coletivos indígenas na direção da UEMS, buscando outros cursos específicos para alguns desses povos, tanto no sul do estado de MS, quanto no Pantanal, considerando que as cotas não contemplam a especificidade étnica e cultural.

Em 2022, foi aprovado e ofertado em 2023 o Curso de Pedagogia Intercultural da UEMS, em 2023 o Curso de Tecnologia em Agroecologia Intercultural para os povos Kaiowá e Guarani, que será ofertado na Unidade Universitária de Amambai, em 2024. Em agosto de 2023, foi aprovado ainda o Projeto Pedagógico de Direito Intercultural, Bacharelado, para os Povos Originários do Pantanal Sul-Matogrossense (indígenas, quilombolas e do campo).

Foco na educação indígena 1l315f

A pró-reitora Maria José de Jesus Alves Cordeiro, Maju, pró-reitora de Ensino da UEMS, destaca que a parceria da Universidade com o governo federal vem desde os anos de 1998 por meio do Projeto PRONERA/INCRA.

“Coordenei o projeto quando a UEMS atendeu mais de 70 assentamento de 1998 a 2005, com alfabetização e escolarização de mais de 2 mil assentados(as), oferta de curso Técnico em Agropecuária com ênfase em agroecologia para 120 assentados(as) de mais de 40 assentamentos, usando a Pedagogia da Alternância”, comenta.

A UEMS também participou por meio da representação da professira Maju, nos anos de 2000 a 2004, quando também foi pró-reitora de Ensino, da Comissão Nacional que criou o PROLIND, programa federal responsável pela criação das licenciaturas indígenas.

Ela recorda que, “para estas ofertas, a UEMS considerou a importância socioeconômica da Agroecologia para o Estado de Mato Grosso do Sul; a possibilidade de resgate da dignidade e inserção no mercado de trabalho dos povos indígenas, por meio da educação superior e sua transversalidade com os saberes tradicionais”, cita.

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