Reitor da UFMT estima corte de R$ 3 milhões no orçamento para 2023 5h5q2w
Após o governo federal anunciar o bloqueio de recursos, estimado em R$ 244 milhões às universidades federais do país, o reitor da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Evandro Soares da Silva, afirmou nesta terça-feira (29) que a expectativa é que a instituição seja atingida com um corte na ordem de R$ 3 milhões.

Este é o segundo corte no orçamento deste ano, já que R$ 438 milhões foram retirados no meio do ano. Segundo Evandro, a decisão do governo federal vai impactar diretamente nas despesas de luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas e projetos que atingem quilombolas e indígenas.
“Foi uma notícia trágica porque tivemos, desde 2014, o orçamento bem reduzido em quase R$ 140 milhões. Hoje, estamos com R$ 87 milhões, e ano que vem R$ 83 milhões (…) Sabemos que teríamos R$ 3, 5 milhões de contas para pagar e foi encaminhado em torno de R$ 1,5 milhão, o que nos coloca em uma questão de se readequar, e realinhar prioridades”.
A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) emitiu nota oficial onde afirma que “o governo parece ‘puxar o tapete’ das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, fornecedores ou contratantes”.
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Estudantes que integram o DCE (Diretório Acadêmico dos Estudantes) da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), de Cuiabá e Alto Araguaia também se posicionaram contra os cortes.
A medida, conforme as instituições, deve atingir 416 alunos beneficiários das bolsas de assistência estudantil. O orçamento foi elaborado pelo atual governo federal, de Jair Bolsonaro (PL).
“As contas da UFMT estão todas em dia, porque fizemos uma projeção de prováveis cortes, e reduzimos gastos, inclusive com bolsas. Mas não temos como dar prosseguimento em programas de quilombolas, indígenas e tudo foi reduzido drasticamente. Ano que vem podemos correr risco de não ter como pagar as despesas, e pedimos que cumpra o que foi pactuado no início deste ano na Lei Orçamentária Anual”.