Alfredo da Mota Menezes

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Transporte e produção em MT c201k

O Ministério dos Transportes criou um grupo de trabalho para seguir os estudos sobre a futura obra da Ferrogrão. Aquela que, quando pronta, iria de Sinop a Miritituba no Pará. Esse grupo de trabalho também dialogaria com comunidades indígenas por onde a ferrovia ar no futuro. Além, é obvio, de ter constante trabalho junto aos órgãos ambientais.

As discussões seriam técnicas para solucionar esse ou aquele problema. Com os indígenas o assunto é um pouco mais melindroso. Mas num debate sério e com dados concretos talvez se encontre alternativas em conjunto e que possa beneficiar até mais as comunidades indígenas.

Malha Oeste; ferrovia; setor ferroviário; MS (Foto: Ariovaldo Dantas)
(Foto: Ariovaldo Dantas)

Decisão sensata. Ficar de longe ouvindo falas e críticas desse ou daquele lado, sem buscar entendimento e aproximação é até burrice. Quem sabe um diálogo aberto e franco com os indígenas possa trazer resultados concretos.

A coluna em outros momentos até aventou hipótese de que as comunidades indígenas, por onde ar a ferrovia, poderiam ser remuneradas de outra forma. Quem sabe receber um percentual de ganhos da ferrovia. Fazer disso uma fonte de renda para a comunidade por muitos anos. Ou diferente alternativa que apareçam nas conversas entre os lados.

O que não pode é não ter aquela ligação pelos portos do norte por falta de diálogo. MT precisa cada dia mais melhorar sua logística de transportes. A produção no estado dá saltos incríveis. Números mostram isso.

A produção de grãos hoje no país está em mais de 300 milhões de toneladas. MT sozinho tem praticamente um terço desse total. Levantamentos mostram que a produção nacional vai crescer ainda mais e a de MT seguirá essa tendência de se produzir aqui um terço ou mais do que o total nacional. São números superlativos e tudo isso não pode ser transportado somente por carretas em rodovias.

Do jeito que a coisa caminha dá até para especular que poderia lá na frente ter um colapso no transporte por rodovia se a produção continuar nesse crescimento. Ou, pior ainda, é se a produção tivesse que diminuir porque não se tem meios adequados para levá-la para outros lugares. Dai a importância de ferrovias.

O caso da Ferrogrão e do grupo de trabalho se encaixam nisso. Também a Rumo Logístico, a ferrovia que vai de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde. Já pensou o estado com duas alternativas concretas de ferrovias para escoar sua produção?

O que encabula é como um estado, com uma logística de transportes não adequada, continuou a produzir o tanto que produz e, mais interessante ainda, competindo com grandes produtores do país e do exterior.

Como conseguiu produzir e transportar e ter ganhos iguais ao produtor do Paraná ou Rio Grande do Sul que tem ferrovias, rodovias e até porto marítimo bem ali na dobra da esquina? Como conseguiu competir com norte americano ou argentino com uma logística de transporte como a do estado? É algo que realmente chama atenção, merece estudos adequados para se entender essa realidade.

Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Alfredo da Mota Menezes , e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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