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Mudou de novo: o que saber sobre imposto nas compras, viagens e muito mais 6g3i5f

Ele é cobrado pelo governo federal em operações que envolvem crédito, câmbio, seguros e investimentos 6a81a

Você já ouviu falar no IOF? Esse imposto, que aparece quase escondido em operações do dia a dia, como nas compras internacionais, no cartão, seguros e até na contratação de crédito, voltou aos holofotes nesta semana, e por um motivo que impacta diretamente o bolso dos brasileiros.

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Nova mudança (Foto: Agência Brasil)

O governo anunciou um aumento expressivo nas alíquotas do IOF para diversas operações financeiras, em uma tentativa de reforçar o caixa da União. A expectativa é arrecadar R$ 20,5 bilhões ainda em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Mas, na prática, o que muda para você?

Primeiramente, IOF é a sigla para Imposto sobre Operações Financeiras. Ele é cobrado pelo governo federal em operações que envolvem crédito, câmbio, seguros e investimentos. Na teoria, ele serve para regular a economia, mas, na prática, é uma ferramenta poderosa de arrecadação.

Ou seja, sempre que você faz um empréstimo, usa o cartão no exterior, contrata um seguro ou envia dinheiro para fora do Brasil, é bem provável que esteja pagando IOF, mesmo sem perceber.

E a partir de agora, diversas operações aram a ter alíquotas mais altas de IOF. Veja os principais pontos:

Empréstimos

  • Para empresas: de 1,88% para 3,95% ao ano (limite máximo).
  • Para empresas do Simples Nacional (empréstimos até R$ 30 mil): de 0,88% para 1,95% ao ano.

Cartão de crédito internacional

  • Compras no exterior que sofriam tarifa de 0,38% agora têm IOF de 3,5% — isso encarece desde a viagem até a compra online.

Câmbio

  • Envio de dinheiro ao exterior para pessoas físicas (sem fim de investimento): 3,5% de IOF.

Seguros de vida com sobrevivência (como o VGBL)

  • Aportes mensais acima de R$ 50 mil am a pagar 5% de IOF.

Empréstimos internacionais

  • Operações com prazo inferior a 365 dias (antes isentas) agora pagam 3,5% de IOF.

Cooperativas de crédito

  • A alteração mais relevante é que cooperativas que efetuarem operações de crédito superiores a R$ 100 milhões por ano serão tributadas como se fossem empresas comuns, perdendo a isenção que antes tinham.

E por que o governo fez isso?

A explicação é simples: o governo decidiu aumentar o IOF para arrecadar mais. Com os gastos públicos em alta e a necessidade de cumprir metas fiscais, o governo buscou setores onde pudesse aumentar a cobrança sem ar pelo Congresso, o que é possível no caso do IOF, já que ele pode ser alterado por decreto presidencial.

E o que isso muda na sua vida?

Você pode até não sentir no primeiro momento, mas no final das contas, o impacto chega.

Veja como:

  • Empréstimos ficarão mais caros, inclusive para pequenos empresários.
  • Viagens e compras internacionais pesam mais no cartão.
  • Planos de previdência privada com grandes aportes mensais podem perder atratividade.

Ou seja, desde quem consome, quem empreende e até quem investe, todos vão sentir os efeitos, mesmo que em graus diferentes.

Para deixar mais claro, veja o impacto da mudança em duas situações comuns:

1. Compra no cartão de crédito no exterior

Suponha que você compre um produto no valor de US$ 1.000 durante uma viagem ou em uma loja online internacional. Com o dólar cotado a R$ 5,00, isso daria R$ 5.000.

  • Antes: IOF era 0,38%, ou seja, R$ 19.
  • Agora: IOF subiu para 3,5%, ou seja, R$ 175.

Isso representa um custo adicional de R$ 156 só no imposto, o que deixa a compra bem mais cara.

2. Viagem ao exterior

Se você gastar US$ 3.000 em uma viagem (agens, hospedagem, alimentação e eios), com dólar a R$ 5,00, o total seria R$ 15.000.

  • Antes: IOF de 0,38% resultava em R$ 57 de imposto.
  • Agora: IOF de 3,5% aumenta para R$ 525.

Ou seja, sua viagem ficou R$ 468 mais cara só por causa do aumento do IOF.

Infelizmente, não tem como fugir dessa cobrança, vamos ter que nos adequar de qualquer forma, mas existem forma de você driblar os impactos dessa nova medida.

  • Revise seu planejamento financeiro: vale a pena avaliar se está usando produtos com IOF alto sem necessidade.
  • Antecipe ou renegocie empréstimos: taxas subindo? Pode ser hora de antecipar decisões ou buscar condições melhores com seu banco ou cooperativa.
  • Busque alternativas de investimento: dependendo do valor e da estratégia, outros produtos podem ser mais vantajosos que um VGBL com IOF.
  • Cuidado com as compras internacionais desnecessárias no cartão de crédito, o IOF de 3,5% pode virar um vilão silencioso.

Como profissional que acompanha de perto o mercado financeiro, vejo que mudanças como essa no IOF nos lembram da importância de estar sempre atento às regras do jogo econômico.

Impostos podem parecer distantes, mas mexem diretamente no nosso dia a dia, no que compramos, nas viagens que planejamos e nos custos do nosso dinheiro, ou seja, impactos mais que diretos na nossa qualidade de vida e de nossas famílias.

Por isso, mais do que reclamar das mudanças, o desafio é se informar, planejar e agir com inteligência para proteger seu patrimônio e seu orçamento. Afinal, fazer as contas com clareza e agilidade é a melhor forma de garantir que o seu dinheiro trabalhe a seu favor, mesmo quando o governo ajusta as regras.

Fique atento, faça as contas e cuide do seu bolso com sabedoria!

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Este conteúdo reflete, apenas, a opinião do colunista Faça as contas, e não configura o pensamento editorial do Primeira Página.

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