MT teve 52 mil demissões em março: setor de serviços é destaque no saldo negativo 2q4k4g
Fecomércio diz que saldo negativo no setor de serviços poder ter interferência da menor movimentação agropecuária no estado. 4d19g
O setor de serviços registrou resultados negativos em março deste ano, com mais demissões que contratações, entre os postos de trabalho em Mato Grosso. As informações são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Uma análise do Instituto de Pesquisa da Fecomércio mostra que a tendência de queda nos setores de serviço no mês de março está ligada ao momento econômico pelo qual Mato Grosso vem ando, como a menor movimentação agropecuária.
De forma geral, como mostram os dados do Caged, foram 52.792 issões contra 52.802 demissões em março no Estado. Os números são maiores do que os registrados no mês anterior, quando 50.909 foram contratados e 45.537 desligados.
A empregabilidade interfere diretamente no comércio e, segundo a pesquisa, houve um recuo de -1,9% no volume de vendas e de -0,5% em receitas.
Porém, o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, analisa que os dados mostram um crescimento nas vendas, se comparados com março do ano ado. Foram 10,5% de aumento nas vendas e de 15,2% em receitas do Estado.

Por outro lado, os registros do Caged apontam que a agropecuária foi o setor com o pior saldo: -4.392 postos com carteira assinada, ou seja, 10.861 demissões.
E, diferente do que aponta o IBGE, houve crescimento de 0,82% no setor de serviços, com 18.133 contratações. A construção civil também apresentou aumento de 2,39%, com 4.916 issões.
A indústria ficou em terceiro lugar, com 0,54% de aumento e depois, o setor de comércio, com pequena elevação de 0,10%, sendo 16,254 contratações e 239 novos postos de trabalho.
Como explica o presidente da Fecomércio, a grande queda no setor agropecuário vem sendo observada desde meses anteriores, como ocorreu no início de 2022, quando o saldo foi de -3.893. Isso porque o setor da agropecuária é sazonal e as contratações e demissões variam de acordo com as safras.
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Wenceslau reforça, por fim, que há uma expectativa de melhora dos índices para os próximos meses, sendo que os registros feitos neste ano já são maiores que os do ano ado.