Shows culturais movimentam praça Tiradentes, no Rio de Janeiro no encerramento da Semana Pantaneira 234b1k
A edição da 22/10 da Feira Tiradentes Cultural, no centro do Rio de Janeiro, teve um quê de especial e foi envolvida por diversas manifestações culturais pantaneiras. Se apresentarem mestres cururueiros de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, músicos consagrados dos dois estados e o grupo de siriri Flor de Atalaia (MT). Uma verdadeira festa para mato-grossenses que residem na capital fluminense e para cariocas que, de certa forma, manifestam uma curiosidade pela cultura pantaneira, muitos deles influenciados pelas cenas da novela da Rede Globo, que encantou todo o país.
Em meio a barracas e tendas, artistas dos estados desfilaram sua arte e sua cultura. No palco principal se apresentaram primeiro os mestres Alcides Ribeiro e Grupo de Cururu de Santo Antônio do Leverger (MT), juntamente com o mestre Sebastião de Souza Brandão (MS) no “Encontro de Mestres Populares do Pantanal: Memórias e Vivências”. Além de ouvir toda a sonoridade da viola de cocho, Alcides Ribeiro mostrou como é feito esse instrumento típico da região pantaneira que nasce de um tronco de madeira inteiriço, esculpido no formato de uma viola e escavado na parte que corresponde à caixa de ressonância.

Alcides pertence à quarta geração de uma família ligada à viola de cocho e ao cururu. Seu pai, mestre Caetano Emanuel Severino foi um incentivador do filho para que perpetuasse a tradição. Hoje, Alcides mantém um ateliê na comunidade rural de Varginha, no município de Santo Antônio de Leverger (28 km de Cuiabá), onde filhos, neto e esposa ajudam nas tarefas. Fazem violas de cocho para serem tocadas e também como peças decorativas e de artesanato, de vários tamanhos, simples e decoradas.
O grupo despertou grande interesse do público e terminada a apresentação muita gente quis fazer fotos com os mestres e músicos.
No final da tarde, quando o vento que prenunciava a chuva que cairia à noite, teve início o show Pulsos e Vibrações do Coração do Brasil, com os músicos Pescuma, Henrique e Claudinho, muito populares em Mato Grosso, mas que conquistam plateias por onde am com o melhor do rasqueado cuiabano. Impossível não se mexer ao som de clássicos como “É Bem Mato Grosso” e “Pixé”. Pescuma criou para o evento a letra de “Sentimento pantaneiro”, especialmente para o momento e muitos mato-grossenses que vivem no Rio de Janeiro se identificaram e se emocionaram.

O grupo Chalana de Prata, composto por Celito Espíndola, Paulo Simões e Guilherme Rondon, também deu seu recado num show em que traduzem o que vem a ser a música do Pantanal que leva alegria às festas de fazenda dessa imensa região alagável.
O público infantil também teve vez com a equipe do CRAB Educativo que montou oficinas lúdicas de representação e confecção de elementos da fauna e flora do Cerrado e Pantanal, utilizando materiais diversos e diferentes técnicas como pintura com pigmentos naturais feitos a partir de vegetais e terra, em meio a muitas brincadeiras.
Não poderia ter sido um encerramento melhor para uma atividade que levou o que há de mais singular do Pantanal para uma das capitais da região Sudeste.
A Semana Pantaneira foi a última atividade paralela da exposição Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal, aberta em agosto e que se encerra nesta sexta-feira, 29/10, no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), na praça Tiradentes. Com curadoria de Renato Imbroisi, a exposição, uma das maiores e mais diversificadas mostras de artesanato brasileiro, reúne 6.400 obras de mais de 150 artesãos do Centro-Oeste, numa promoção conjunta do Sebrae de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
Toda essa movimentação tem como propósito criar uma rede de negócios inserindo as pessoas que trabalham com economia criativa no bioma pantaneiro e que já estão sendo trabalhadas no Programa Pró-Pantanal, desenvolvido pelo Sebrae em MT e MS, com vistas a desenvolver a economia local de forma sustentável em todas as vertentes – econômica, social e ambiental.
Serviço:
Exposição “Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal”
Período: Até 29 de outubro de 2022
Endereço: Praça Tiradentes, 69/71, Centro do Rio de Janeiro/ RJ.
Funcionamento: De terça-feira a sábado, das 10h às 17h.
Ingresso: Entrada gratuita
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