Rainha do mar: Salve Iemanjá s1d1m
Orixá africano que faz parte de algumas religiões, como o candomblé e a umbanda 63x2l
Como diz a música da banda Cheiro de Amor, cantada na década de 1990, “2 de fevereiro é Dia de Iemanjá”.
Também chamada de “Rainha do Mar”, é um orixá africano que faz parte de algumas religiões, como o candomblé e a umbanda.

Ela é considerada padroeira dos pescadores, jangadeiros e marinheiros.
No litoral, em 2 de fevereiro ocorre a maior festa em honra a este orixá, quando milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas, como espelhos, joias, comidas, perfumes e outros objetos.
Origem da celebração 405s43
O dia de Iemanjá coincide com a festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo, da Igreja Católica, que também é venerada com os títulos de Nossa Senhora da Luz, da Candelária, das Candeias, entre outros.

Em 2 de fevereiro também é celebrado o Dia de Nossa Senhora dos Navegantes, outro título com o qual a Virgem Maria é venerada.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ainda existe o sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes. Por isso algumas imagens de Iemanjá são representadas por uma mulher branca, uma referência à santa católica.
Já no Rio de Janeiro, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição.

História 653e65
O nome Iemanjá é derivado da expressão Iorubá, “yeye ma ajá”, que quer dizer “mãe cujos filhos são peixes”.
Na mitologia Iorubá, Iemanjá teria ajudado Olodumare (Deus) na criação do mundo e de seu ventre nasceram quase todos os Orixás, por isso ela é considerada a “A Grande Mãe”.
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Iemanjá: devotos em MT 5k4q6n
Com um terreiro já tradicional em Cuiabá e que existe há 42 anos, o pai de santo Edézio Lima Fernandes, denominado como Tata Mukalembê do Terreiro Ilê de Ifá, é um dos devotos da rainha dos orixás.
O religioso demonstra grande emoção e agradecimento a Iemanjá, dita como aquela que está à frente dos mares. Para Fernandes, ela precisa ser lembrada com grande importância e fé.

“A Iemanjá faz parte dos cultos do candomblé, dentro da nossa religião ela é extremamente essencial. A cultura africana é muito sábia e por isso ela é colocada nessa posição”, cita.
Quem é devoto da Rainha do Mar diz ter vários motivos para isso. Alguns fazem pedidos e quando, por meio da intercessão dela, têm as solicitações atendidas, fazem orações e ritos em agradecimento. Outros apenas se identificam com Iemanjá.
Em vários estados as comemorações são feitas de formas diferentes, mas que levam a um mesmo objetivo. O pai de santo relata que em Mato Grosso havia alguns atos simbólicos e festas todos os anos, como jogar rosas nos rios e oferecer alimentos à Iemanjá. Este ano, com o avanço da pandemia, tudo foi barrado e só será feito individualmente e espiritualmente.
Edézio exemplificou ainda, em entrevista ao Primeira Página, que assim como as outras datas comemorativas da religião de matriz africana, o dia da Rainha do Mar deve ser aproveitado ao máximo por seus seguidores.
“No meu pensamento como religioso e ser humano, essas datas precisam ser comemoradas todos os dias. Muitos devotos dedicam todo esse dia para ela aqui e em qualquer local que mantenha a tradição viva. Faz parte da essência da gente”, finaliza.
Festa cancelada na BA 1ab23
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