O encanto das comitivas de dança: uma mistura de curso com amizade 3c635s

Grupo reúne mais de 40 integrantes 5fsu

O mundo sertanejo reserva muitos encantos, a começar pela viola, chamada de raiz, que traz letras que contam histórias e que tocam os corações. Na década de 90, a batida da viola e do violão mudaram dando origem a uma nova modalidade: o sertanejo universitário.

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Comitiva Paixão e Viola de Cuiabá. (Foto: Lidiane Moraes/ Primeira Página)

Os registros apontam que ele tem origem pantaneira, com base em Mato Grosso do Sul, mas que também refletiu em Goiás. A dupla João Bosco & Vinicius é apontada como uma das precursoras do sertanejo universitário. Em em 1994, os dois iniciaram a carreira tocando em bares para universitários, em Campo Grande.

João Bosco & Vinícius indicam Guilherme e Benuto como grandes nomes da nova safra do sertanejo (Foto: Rubens Cerqueira/Divulgação)
João Bosco & Vinícius (Foto: Rubens Cerqueira/Divulgação)

A partir deste momento, violas e violões teriam se espalhado pelos campus e repúblicas estudantis. O sertanejo “raiz” foi adaptado com a inserção de outros instrumentos como guitarras, baixos, bateria e metais e, até mesmo, percussão. O resultado inicial foi uma nova roupagem das antigas e clássicas raízes sertanejas que com o avançar dos anos foram se distanciando e adquirindo identidade própria.

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Com o surgimento deste novo ritmo, surgiram também os seguidores que, para além dos universitários, também adotaram um estilo próprio de vestir e de dançar. Assim, surgiram também as comitivas de dança, que chamavam a atenção nas festas e nos shows.

Com os ensaiados, que envolvem coreografia marcada, giros e, vez por outra uma acrobacia, as comitivas também se tornaram a cara do sertanejo universitário e despertaram o lado bailarino de homens e mulheres.

Ensaios ocorrem todos os domingos em um centro comunitário de Cuiabá. (Vídeo: Lidiane Moraes/Primeira Página)

Em Cuiabá, a Comitiva Paixão e Viola é uma das remanescentes deste tempo. Com 12 anos de existência, atualmente tem cerca de 40 integrantes que, todos os domingos, se reúnem para os ensaios. A ideia, além de aprender a dançar sertanejo, é fazer amizade, pertencer a um grupo e se divertir.

A comitiva não tem fins lucrativos. A mensalidade simbólica paga pelos integrantes serve para manter em ordem o centro comunitário do bairro Barbado, cedido pelo comunidade. Custos como energia, água, enfim.

O grupo é liderado por Hiago Lopes, de 26 anos. Ele começou a participar de comitiva há 8 anos, por influência de amigos. Naquele época, sertanejo nem era seu ritmo preferido, mas a convivência em grupo e a dança acabaram conquistando-o. Hoje, além de coordenar a comitiva, ele também é responsável por pensar as coreografia e ensinar para os demais.

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Hiago é responsável por desenvolver as coreografias e ensinar os os ao grupo. (Foto: Lidiane Moraes/Primeira Página)

Ele também faz a parte organizacional das festas, a logística, escolhe dos trajes quando a festa é específica e faz a ponte entre o grupo e as casas noturnos que os convidam para dançar.

A comitiva não recebe nenhum tipo de pagamento a não ser que, em um evento particular, como casamento, aniversário, eles sejam convidados para se apresentar.

Evilázio Júnior, de 35 anos, é um dos integrantes da Comitiva Paixão e Viola. Ele se interessou por dança em 2017. Fez aulas em escolas específicas e aprendeu alguns os e ritmos. Há cerca de dois anos, por intermédio de amigos, conheceu a comitiva e não saiu mais.

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Júnior participa da comitiva há cerca de dois anos. (Foto: Lidiane Moraes/Primeira Página)

“Sempre me interessei por dança, mas não sabia como procurar. Um dia fui a um evento e tive contato com professores, assim, comecei as frequentar as aulas. E quando você entra numa escola, você também aprende sobre o eventos e festas onde as pessoas que fazem dança costumam ir, e aí você também a a participar. Foi assim que eu comecei”, contou ele.

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