Música erudita dá o tom do Festival América do Sul nesta sexta 2q4p31
A manhã começou com uma programação na Catedral Nossa Senhora da Candelária, onde Tetê Espíndola se apresentou com a Orquestra de Câmara do Pantanal 1f561f
A música erudita deu o tom do Festival América do Sul na manhã desta sexta-feira (10), em Corumbá, a 414 quilômetros de Campo Grande, quando Tetê Espíndola e a Orquestra de Câmara do Pantanal se apresentaram na Catedral Nossa Senhora da Candelária.

O show de Tetê Espíndola e a OCAMP “Acústicas da Natureza” celebra o Pantanal. Ao longo de seus 44 anos de carreira, a artista ganhou inúmeros prêmios pelo seu trabalho voltado para a experimentação e recriação do universo ecológico brasileiro.
Além da apresentação de Tetê, também devem se apresentar durante o Festival, a Orquestra de Câmara de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), Trio de Harpas de Assunção (Paraguai) com o maestro Papi Galán, Sinfônica de Campo Grande e Coro Lírico Cantarte, além da Orquestra Indígena da Fundação Ueze Zahran.
Segundo o maestro Eduardo Martinelli a ideia de realizar o Catedral Clássica surge de uma necessidade de absorver os inúmeros projetos e grupos que se consolidaram nos últimos anos no estado.
“A música de concerto no nosso estado é uma realidade e já não cabe mais ficar de fora dessas programações. Temos o projeto do Moinho Cultural, que acontece em Corumbá, com a orquestra que já se apresentou na Expo Dubai, um dos maiores eventos do mundo e vai estar aqui tocando com a Tetê agora. Se vamos para fora do estado, para fora do país, também fazemos questão de estar aqui em nossa casa. É uma necessidade que a realidade traz para a gente de poder colaborar, participar, incrementar e somar nesse evento tão emblemático para nós”, declarou o maestro.
As atrações dos países vizinhos mantêm a essência do festival de integração sul-americana. “O Festival está super bem representado, com uma turma orquestral vinda de Santa Cruz, um trio de harpa vindo de Assunción, todos eles com trabalhos muito significativos. O pessoal da Bolívia é um trabalho de relevância social e artística muito grande e o trabalho que vem do Paraguai é de um músico consagradíssimo que morou 30 anos na Europa trabalhando incessantemente, que é o maestro Papi Galán”, conta Martinelli.
Já a presença da Orquestra Indígena formada por maioria de jovens e adolescentes Terena resgata e adapta músicas do cancioneiro brasileiro, regional sul-mato-grossense e tradicional indígena, difundindo o ideal de que a cultura é o mais importante ponto de intersecção para que o convívio, respeito e existência entre os povos de todo o mundo realmente tornem se possíveis.
Confira a programação completa do Festival clicando aqui.