Ícone do bloco de rua, Valu viu Carnaval só na playlist 2t766
Com a pandemia e a proibição do Carnaval de rua, a fundadora do Cordão preferiu deixar a folia só na memória 6t663y
Uma hora dessas, dois anos atrás, você já estaria pulando o Cordão Valu, na Esplanada Ferroviária, ou estaria terminando a fantasia para descer até a Rua General Melo, entre a 14 de Julho e a Calógeras, no Centro de Campo Grande.

Com a pandemia e a proibição do Carnaval de rua, a fundadora do Cordão preferiu deixar a folia só na memória. Silvana Valu foi para Piraputanga com o Carnaval apenas na playlist. Sem fantasia, sem cortejo, sem estandarte.
“O Cordão fez 15 anos, este seria o 16º desfile, mas não aconteceu. Eu fico muito triste por não ter Carnaval, porque eu amo e sempre pulei Carnaval minha vida inteira. É o meu momento de encontro, o ponto alto do ano, mas também é um alívio saber que a gente está fazendo a coisa certa, este não é o momento”, comenta Silvana Valu.
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A Esplanada Ferroviária neste Carnaval foi só silêncio. Enquanto clubes e espaços privados promoviam o Carnaval de acordo com as exigências do poder público. O Carnaval só não pode ir para a rua.
“Nós somos um bloco tradicional, que ocupa a rua, ocupa o espaço que é público para levar Carnaval para todos os tipos de pessoas. Meu medo é de que este espaço e a ser privado, pode haver uma privatização do Carnaval, depois de tanto tempo sem”, diz Valu.
Sobre as fantasias que Silvana acumulou em tantos anos de cortejo, a carnavalesca conta elas estão guardadas no armário na esperança de ganharem a rua ano que vem.
“Espero que a gente vá para a rua, mas também tenho pé atrás, porque sabemos que muitos não querem se vacinar e isso atrapalha a gente sair deste momento pandêmico. Eu estou otimista, mas mantenho meu pé na realidade com muita ansiedade de voltar a ocupar o nosso lugar na rua”, finaliza Valu.

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Criado entre amigos em 2006, o Cordão Valu fez renascer o Carnaval de rua, há muito tempo esquecido em Campo Grande. Nos 15 anos de história, comemorados em dezembro de 2021, o Cordão tem no currículo não só o fato de ser o primeiro bloco de rua como ter juntado 80 mil pessoas na Esplanada.
Se fosse para as ruas este ano, o Cordão Valu falaria da liberdade de imprensa homenageando os jornalistas e o jornalismo de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul.
“Seria para vocês da imprensa, por conta do trabalho que fizeram de desmentir fake news, de levar informação sobre a pandemia. Reitero nossa homenagem para dizer o quanto o papel dos jornalistas é importante para a gente sair de dentro desta pandemia”.
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