Associação de Redeiras do Limpo Grande ganham Prêmio Sebrae TOP 100 1p1e53
Premiação é um selo de qualidade, atestando que os ganhadores estão preparados para comercializar seus produtos nacionalmente 5p3p3i
A Associação de Redeiras de Limpo Grande – TeceArte, de Várzea Grande, é uma das vencedoras do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato. Considerada uma referência nacional, a premiação é a mais importante ação para identificar e premiar as unidades produtoras de artesanato mais competitivas do Brasil.
É uma espécie de selo de qualidade, uma chancela do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), atestando que as unidades produtivas selecionadas estão preparadas, em todos os aspectos, para comercializar seus produtos no mercado nacional e até para exportar. Estão aptas para desempenhar um papel de destaque e assumir o protagonismo no segmento do artesanato brasileiro.

Além do reconhecimento e valorização para todo o setor, o Prêmio oferece às 100 unidades vencedoras o direito de uso do selo “Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato – 5ª Edição” por três anos e divulgação de três produtos nos sites do Sebrae Nacional, de sua região e no catálogo comercial do prêmio.
Jilaine Maria da Silva Brita, presidente da TeceArte, conta que quando receberam a notícia da premiação, foi uma grande alegria, especialmente porque a Tecearte é a única unidade de Mato Grosso a receber o prêmio. Segundo ela, será de grande valia para as tecedeiras verem seu trabalho valorizado em todo o País e conquistarem ainda mais mercado. “O Prêmio agrega valor às peças e comprova a qualidade do nosso artesanato”.

As tecedeiras utilizam técnicas ancestrais dos índios Guanás, readas de mães para filhas há várias gerações. “Esta é uma tradição que mantemos há mais de 100 anos e trabalhamos para que continue viva”.
A Associação é composta por 45 mulheres e, desde que entraram criaram o Instagran teceartemt, aram a vender para todo o Brasil. Além disso, recebem muitos turistas na comunidade do Limpo Grande, que não só compram os produtos como vivenciam a experiência de ver o trabalho das tecedeiras. De janeiro até agora, venderam mais de 50 redes diretamente aos consumidores que foram à comunidade.
Elas atendem também muitas encomendas e fazem redes de acordo com a demanda do cliente, tais como inclusão de nomes nos bordados e temáticas específicas, como time de futebol.
Nas peças mais tradicionais, a temática mais recorrente é o Pantanal, com destaque para as araras, que fazem grande sucesso.
Além das redes, que são o carro-chefe da unidade produtiva, produzem também peças menores, como caminhos de mesa, saídas de banho, xales, bolsas e capas de almofadas. Por terem preços mais íveis, muita gente compra para presentear.

As peças integram a Exposição “Casa do Brasil Central, do Cerrado ao Pantanal”, em cartaz no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, de 12 de agosto a 30 de outubro, reunindo peças de mais de 150 artesãos da região Centro-Oeste, compondo um retrato do artesanato dos dois biomas.
Em outubro, as redeiras de Limpo Grande estarão na Semana Pantaneira, uma das muitas atividades da grande mostra. Lá, vão ministrar oficina e participarão de rodada de negócio.
Felipo Luiz Abreu de Oliveira, analista técnico da Gerência de Conexões Institucionais do Sebrae MT, aponta que o Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato Brasileiro, recebido pela Associação Tecearte, demonstra que é possível trabalhar memória e tradição como ativos econômicos. “O futuro da economia a por isso, identificar/resgatar processos identitários, que possam gerar um posicionamento de mercado diferenciado e, ao mesmo tempo, promover a singularidade do território”.
Essa vitória das redeiras é um exemplo dessa relação possível entre cultura e mercado e vem ao encontro da estratégia do Sebrae Mato Grosso em trabalhar a economia criativa como um instrumento de potencialização e valorização da cultura local, numa perspectiva empreendedora, com foco na criação de uma cadeia de valor justa, potente e sustentável, a partir da criatividade e protagonismo das pessoas”, avalia
A gestora Nacional do Artesanato do Sebrae, Durcelice Cândida Mascêne, explica que o Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato Brasileiro, criado em 2016, foi pensado para suprir uma demanda, que o Sebrae recebia com frequência, para indicar unidades produtivas preparadas para comercialização. “Ele tem esse papel de selecionar as 100 unidades produtivas mais competitivas do Brasil e funciona também como um estímulo aos que não estão nesse patamar ainda”, resume.
Segundo ela, ser TOP 100 é um diferencial competitivo, o selo é uma chancela do Sebrae reconhecida pelo mercado. “É um objeto de desejo e quem já ganhou usa o selo como uma que os distingue”. Para Durcelice, ele promove a preservação das técnicas e dos saberes e permite que sejam readas para as novas gerações.
O processo de seleção, que se dá quase todo de forma digital, ou seja, em 98% dele, é altamente complexo e abrange vários aspectos. Nesta quinta edição, foram 2.128 inscritos, dos quais são selecionados primeiramente 300, destes são selecionados 200 para definição dos 100 pelo júri final.

Desde sua primeira edição, em 2006, procurou premiar as unidades de produção artesanal não somente pela qualidade dos seus produtos, como também por suas práticas de gestão.
A premiação será no dia 17 de novembro, no CRAB, no Rio de Janeiro. As redeiras e os demais premiados participam de uma rodada de negócios de dois dias (18 e 19) com mais de 60 empresas compradoras.
Este conteúdo é uma produção do Primeira Página para a campanha Sebrae MT - Empreendedorismo e não faz parte do conteúdo jornalístico do Portal.