Sonhos interrompidos: histórias marcantes que abalaram MT em 2024 654c46
Esta é uma retrospectiva das vidas que se apagaram, mas cujos legados e impactos permanecem vivos na memória coletiva de Mato Grosso 3e6v3b
O ano de 2024 será lembrado em Mato Grosso não apenas pelos desafios enfrentados, mas pelas histórias de vidas promissoras interrompidas de forma brutal ou inesperada. Tragédias que chocaram o estado e deixaram comunidades inteiras em luto.

De jovens que perderam a vida para a violência, como a produtora de queijos Raquel Cattani e as irmãs Rayane e Rithiele Alves Porto, a uma deputada federal que inspirava pela luta pela inclusão, Amália Barros, e até um ganhador da Mega-Sena, Antônio Francisco, que teve sua história encerrada antes mesmo de desfrutar do prêmio.
Esses casos vão além das estatísticas e mostram que, por trás de cada tragédia, existem sonhos, conquistas e histórias que merecem ser lembradas. Esta é uma retrospectiva das vidas que se apagaram, mas cujos legados e impactos permanecem vivos na memória coletiva de Mato Grosso.
Certamente, esses casos representam choques de diferentes naturezas que abalaram Mato Grosso em 2024. Vamos revisitar as histórias:
Raquel Cattani: vítima de uma tragédia violenta que abalou MT 6a1q6d

Raquel Cattani, 26 anos, era uma jovem empreendedora reconhecida em Nova Mutum pela produção de queijos artesanais de alta qualidade. Filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), ela conciliava a paixão pelo trabalho no campo com a dedicação à família, incluindo duas crianças pequenas.
Em abril de 2024, Raquel ganhou destaque ao receber medalhas de ouro e super ouro no 3º Mundial do Queijo do Brasil.
No entanto, sua trajetória foi interrompida de forma brutal. Em julho, Raquel foi assassinada em sua residência, em um crime que chocou a comunidade. Seu pai lamentou profundamente a perda e elogiou as forças de segurança após a prisão dos suspeitos do crime:
“Em nome da minha família parabenizo as Forças de Segurança do Estado de Mato Grosso por elucidar de forma rápida o crime contra nossa filha Raquel Maziero Cattani e por nos trazer, mesmo que neste momento difícil, um pouco de consolo”, disse o deputado.
Rayane e Rithiele: irmãs marcadas pela violência de facção criminosa 722f3b

Rayane Alves Porto, de 28 anos, e Rithiele Alves Porto, de 25, eram irmãs unidas na vida e na paixão pelo circo. Proprietárias de um circo itinerante, Rayane também era candidata a vereadora em Porto Esperidião.
Em outubro de 2024, as duas foram sequestradas após saírem de um festival de pesca, torturadas e assassinadas por membros de uma facção criminosa.

A tragédia abalou o município de Porto Esperidião. Herculis Albertini, candidato à prefeitura, lamentou a perda em nota:
“Essa tragédia nos rouba duas vidas brilhantes. Uma dor incalculável para a nossa comunidade.”
Amália Barros: uma jovem deputada e defensora da inclusão 21395s

Amália Barros, 39 anos, era deputada federal e uma incansável defensora dos direitos das pessoas com visão monocular, uma luta que ela conhecia de perto devido à toxoplasmose que afetou sua visão. Fundadora do Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, ela ajudou a aprovar a Lei 14.126/2021, que reconhece a visão monocular como deficiência sensorial.
Amália faleceu em maio de 2024, vítima de complicações de saúde. Sua morte foi um choque para o país. Durante sua despedida, o presidente da Câmara dos Deputados afirmou: “Amália não era apenas uma legisladora; era uma inspiração. Sua luta pela inclusão deixa um legado eterno.”
Antônio Francisco: o ganhador da Mega-Sena que não teve tempo de aproveitar a fortuna 1b6x3k

Antônio Francisco vivia uma rotina tranquila em Cuiabá até ganhar R$ 200 milhões na Mega-Sena. A notícia trouxe alegria e a promessa de uma vida repleta de realizações.
No entanto, o destino foi cruel. Dias após receber o prêmio, Antônio faleceu durante um tratamento dentário em uma clínica de Cuiabá. A notícia de sua morte gerou grande repercussão.
Caso Inês e Bruno Gemilaki: disparos, vingança e tragédia familiar 1l5l52

O caso de Inês Gemilaki, 48 anos, e seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, 28 anos, trouxe à tona questões de violência extrema e vingança familiar. Ambos foram presos em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, após se entregarem à Polícia Civil dois dias após o crime que chocou a cidade. A tragédia ocorreu em uma fazenda de propriedade da família Gemilaki.
No local, imagens de câmera de segurança mostraram momentos de tensão: ao menos 10 pessoas estavam na casa, e algumas correram ou se abaixaram ao ouvir disparos. Duas pessoas foram assassinadas. O crime foi motivado por um desacordo comercial envolvendo o aluguel de um imóvel.
Esses casos, cada um à sua maneira, deixaram marcas profundas em Mato Grosso, refletindo diferentes facetas da fragilidade da vida e a necessidade de um olhar mais atento para questões de violência, saúde e segurança pública.