Conheça os brasileiros que podem participar do Conclave 2v355m
Brasil conta com sete cardeais com menos de 80 anos, que estão habilitados a votar na eleição do novo papa. 4g2h4e
Com a morte do Papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), o Vaticano inicia os preparativos para o Conclave, cerimônia que elegerá o novo líder da Igreja Católica. Entre os 138 cardeais eleitores aptos a votar, sete são brasileiros.

O Brasil conta com oito cardeais no Colégio Cardinalício, mas apenas sete têm menos de 80 anos, critério obrigatório para votar segundo as regras do Vaticano. Conheça abaixo quem são os representantes do país:
Sérgio da Rocha, Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil (65 anos) 1n1e2r

Dom Sérgio da Rocha, natural de Dobrada (SP), é o atual arcebispo de Salvador (BA). Ordenado presbítero na diocese de São Carlos, foi arcebispo auxiliar de Fortaleza em 2011. Possui mestrado em Teologia Moral e doutorado pela Pontifícia Universidade Lateranense.
Atuou como diretor espiritual, professor e reitor nos seminários de São Carlos. Foi arcebispo de Piauí e Brasília antes de ser nomeado para Salvador pelo Papa Francisco em 2020. Também participa de várias comissões da CNBB e do Vaticano.
Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (64 anos) q2m4t

Dom Jaime Spengler é o arcebispo de Porto Alegre (RS). Natural de Gaspar (SC), cursou Filosofia e Teologia no Brasil e em Israel. Ordenado sacerdote em 1990, atuou em várias missões da Ordem dos Frades Menores, inclusive em Israel, até 2010.
Foi nomeado bispo auxiliar por Bento XVI e, em 2013, tornou-se arcebispo de Porto Alegre, nomeado por Papa Francisco. Em 2019, foi eleito 1º vice-presidente da CNBB e, em 2023, assumiu a presidência da entidade para o mandato de 2023-2027.
Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo (75 anos) 6d2c2o

Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo até 2026. Natural de Quatro Pontes (PR), nasceu em 1949 e ingressou no seminário em 1963, sendo ordenado presbítero em 7 de dezembro de 1976. Em Roma, concluiu mestrado em Filosofia e doutorado em Teologia.
Entre 1994 e 2001, atuou como Oficial da Congregação para os Bispos na Santa Sé. Desde 2007, é membro do Conselho Permanente da CNBB.
Orani Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (74 anos) 4h1p5g

Orani João Tempesta, natural de São José do Rio Pardo (SP), iniciou seus estudos religiosos em 1969 e foi ordenado presbítero em 7 de dezembro de 1974.
Em 1997, foi nomeado bispo da Diocese de São José do Rio Preto por São João Paulo II. Desde 2009, é arcebispo metropolitano da Arquidiocese do Rio de Janeiro e também coordena a Comissão Pastoral Regional para a Comunicação Social da CNBB.
Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília (57 anos) 4t4i47

Dom Paulo Cezar Costa, natural de Valença (RJ), foi ordenado presbítero em 5 de dezembro de 1992. Atuou como vigário paroquial, pároco e reitor do Seminário Diocesano Paulo VI, em Nova Iguaçu (RJ).
Também colaborou com a CNBB, integrando o grupo de peritos da Comissão Episcopal de Doutrina e o Instituto Nacional de Pastoral.
João Braz de Aviz, Arcebispo emérito de Brasília (77 anos) 5a133h

Dom João Braz de Aviz, natural de Mafra (SC), foi ordenado padre em 1972 e bispo em 1994. Atuou como bispo auxiliar de Vitória (ES), bispo de Ponta Grossa e Maringá (PR), e arcebispo de Brasília, cargo do qual é arcebispo emérito. Em 2007, foi eleito presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB.
Criado cardeal por Bento XVI em 2012, também foi vice-presidente das Edições CNBB e organizador do XVI Congresso Eucarístico Nacional em 2010. Em 2019, o Papa Francisco o nomeou presidente delegado do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica.
Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo de Manaus (74 anos) 3k4k5n

Leonardo Steiner é arcebispo de Manaus e nasceu em Forquilhinha (SC). Ordenado padre em 1978 por Dom Paulo Evaristo Arns, foi vigário da Paróquia Bom Jesus em Curitiba e lecionou na Faculdade São Boa Ventura. Em 2005, tornou-se bispo de São Félix e, em 2011, foi nomeado bispo auxiliar de Brasília, onde também atuou como Secretário Geral da CNBB até 2019.
Em novembro de 2019, tornou-se arcebispo de Manaus e, em 2022, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco.
Exceção 6v3p45

Apesar de integrar o Conclave, o cardeal mineiro Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito da Arquidiocese de Aparecida, não poderá votar, O religioso de 88 anos não participará do conclave, pois já ultraou a idade-limite para votar. De acordo com a Constituição Apostólica do Vaticano, os cardeais deixam de votar a partir dos 80 anos.
Ainda assim, ele será convidado a integrar o Colégio dos Cardeais, que discutirá assuntos inadiáveis da Igreja até a escolha do novo papa.
Leia mais 6p1262
Como funciona o Conclave? 1l425r
O conclave é o processo eleitoral utilizado pela Igreja Católica para eleger um novo papa, que deve iniciar após 15 a 20 dias após a morte do papa, tempo de esperar a chegada de todos os cardeais eleitores.
A palavra “Conclave” significa “com chave”, em Latim, que refere-se à pratica de trancar os cardeais no Vaticano durante a eleição, para garantir que tudo ocorra em absoluto segredo.
A reunião é organizada pelo cardeal camerlengo, que cuida das responsabilidades istrativas da Igreja até a escolha do novo chefe supremo.
A eleição é feita por votação secreta. Cada cardeal votante escreve o nome de um cardeal de sua escolha em uma cédula e coloca a cédula em uma urna. O processo de votação ocorre em sessões diárias, geralmente duas vezes por dia. Para que um cardeal seja eleito papa, ele deve receber dois terços dos votos. Caso isso não aconteça, uma nova votação é realizada.
Após cada votação, as cédulas são queimadas na fornalha. Se a fumaça for preta, significa que ainda não houve escolha. Se for branca, isso indica que um novo papa foi eleito.