Casa na árvore: desempregada improvisa moradia em praça de Cuiabá 3z3q46

Carla conta que queria paz para cuidar de si. Hoje ela a o dia estudando e sonha em ar em um concurso público 4a5p4s

Desempregada há cerca de um mês e sem perspectivas, Carla Leal Lima, de 37 anos, ou a viver em uma “casa” na árvore. Quem a pela Praça Major João Bueno, no Bairro do Porto, em Cuiabá, olha para o local com detalhes pode se surpreender ao observar uma “casa”. Carla conta com a ajuda de doações para poder se alimentar.

Carla mora em cima de uma árvore. (Foto: Rogério Júnior)
Carla mora em cima de uma árvore. (Foto: Rogério Júnior)

A Prefeitura de Cuiabá afirma que acompanha a situação e que agentes do projeto “Quero te Conhecer” vêm realizando abordagens para levá-la a uma das unidades de apoio do município, mas a moradora se recusa a ir para um abrigo.

Segundo Carla, a mudança para a árvore foi uma questão de saúde mental. “Eu perdi minha saúde e meu emprego. Eu fui perdendo tudo. Mas isso não me impede de fazer minhas coisas e de trabalhar”, destacou.

Carla disse que já trabalhou em diferentes setores. No entanto, com o agravamento da crise econômica e trauma causado pela morte do marido, das crises enfrentadas pela bipolaridade e da falta de amparo da família, decidiu sair de casa.

Para concretizar o plano, deixou o filho de 13 anos com a ex-sogra. Ela também é mãe de uma jovem de 19 anos.

Carla conta ainda que morar de favor na casa de amigos não deu certo, então decidiu ocupar a praça.

Segundo ela, o marido dela foi assassinado há dez anos. Ele era dependente de drogas e álcool, disse.

Na época, a família de Carla morava no Bairro Pedra 90. Desde então, ela sentiu o transtorno psiquiátrico aumentar constantemente. “A gente só se doa e não se cuida. Eu não achava ninguém para cuidar de mim. Eu só me doava aos outros e isso me prejudicou bastante”, contou.

Carla afirma que o problema foi só se agravando. “Anos atrás, eu estranhava minha própria mãe dentro de casa. Eu estranhava meus familiares e conhecidos. Eu queria brigar, xingar e ir lá para bater. Eu só me doava e não recebia cuidado. Isso me prejudicou”.

Carla dorme em cama improvisada. (Foto: Rogério Júnior)
Carla dorme em cama improvisada. (Foto: Rogério Júnior)

A ‘casa’ na árvore 1y4h4d

A ‘casa’ de Carla está localizada no alto de uma árvore na praça Major João Bueno, em frente à Casa do Artesão, na Capital. Ela disse que construiu uma ‘casa’ com materiais que foram encontrados na rua e com doações.

Para dormir, ela improvisou um ‘colchão’ com retalhos de tecidos e roupas que conseguiu de uma loja da região. Segundo ela, isso traz algum conforto durante a noite.

Para evitar uma queda, trançou fios em torno dos galhos e criou uma teia de proteção. “Igual a aranha faz na natureza”, comparou.

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Violência na infância 2c5l11

Assim como outras pessoas em situação de rua, Carla também enfrentou a violência desde a infância. A desempregada conta que já chegou a ir à escola, ouvindo tiroteio e observando corpos na rua.

Destaca que morar em uma casa na árvore foi a saída encontrada para evitar o confronto com outras pessoas que também vivem em situação de rua.

Mas nem de tudo Carla conseguiu se livrar. Segundo ela, alguns homens ainda am pela praça e a provocam. “Eu fecho a cara e ignoro”.

A rotina 1g1k46

Carla conta que a o dia criando projetos e lendo alguns papéis que carrega. Ela sonha em ar em um concurso público.

“Ao mesmo tempo que me distancio das pessoas, eu me aproximo de alguma outra coisa. Isso me atrapalha e prejudica por um lado, mas, por outro, eu consigo ver o mundo de outra forma. Assim, me vêm ideias, projetos, desejos e sonhos”.

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