Bichinhos de amigurumi feitos por internos de presídios alegram volta às aulas 2c5xg
De volta às aulas presenciais depois de quase um ano e meio, estudantes das escolas municipais de Campo Grande foram recebidos com uma novidade: brinquedos que foram confeccionados por internos de presídios, usando a técnica de crochê conhecida como amigurumi, estão sendo distribuídos nas unidades, como parte de iniciativa de ressocialização de pessoas em cumprimento […] 4w636d
De volta às aulas presenciais depois de quase um ano e meio, estudantes das escolas municipais de Campo Grande foram recebidos com uma novidade: brinquedos que foram confeccionados por internos de presídios, usando a técnica de crochê conhecida como amigurumi, estão sendo distribuídos nas unidades, como parte de iniciativa de ressocialização de pessoas em cumprimento de pena.
Duas unidades foram contempladas. As entregas também fazem parte das festividades do aniversário de 122 anos de Campo Grande, nesta quinta-feira (26).

As peças foram distribuídas nessa segunda-feira (23.8) para as escolas Eloy Souza da Costa, no bairro Jardim Tijuca, e EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil), Piratininga. Cada uma recebeu 20 brinquedos.
Atendendo 268 crianças entre 4 meses e 4 anos, a diretora da escola Eloy Souza, professora Celeide Alves Gonçalves, revela que ver o olhar das crianças ao interagir com as peças é gratificante.
“Muitos não têm em casa e ter na escola faz toda a diferença no aprendizado e interação”, afirmou a diretora da escola Eloy Souza, professora Celeide Alves Gonçalves. Ao descrever o olhar das graças ao interagir com o presente, ela simplifica tudo: “é gratiticante”.
A iniciativa 1e4j6s
O projeto teve início em 2015, denominado à época como “Educação Lúdica com Brinquedos Pedagógicos”. A proposta, segundo divulgou a Agepen (Agência de istração do Sistema Penitenciário), foi de explorar ao máximo o universo lúdico, contemplando os diferentes aspectos de sua formação integral, por meio dos brinquedos lúdico-pedagógicos.

O servidor da agência Vinícius Saraiva destacou que a idealização dos brinquedos com a técnica amigurumis teve como foco a durabilidade das peças. Até a caixa, relata, fo0i foi pensada para a interação com a criança. A embalagem tem molas na tampa, para que não machuque as mãos dos pequenos.
“A intenção da agência penitenciária é devolver à sociedade o que foi tirado de certa forma”, disse o funcionário público.
Na escola do bairro Piratininga beneficiada a diretora, professora Ana Cristina Dorsa, define os brinquedos como uma representação da linguagem da criança, de vida, alegria, criatividade.
“Nós como educadores acreditamos na ressocialização, no ser humano, que merecem ter um horizonte para onde olhar, que sigam nesse projeto e tenham uma fonte de renda lícita, tudo isso é muito positivo”, declarou em material produzido pela Agepen para divulgar a distribuição do material.
As escolas receberam carrinhos, bonecos, bolas e jogos educativos, para serem utilizados nas aulas e em momentos de brincadeiras no ambiente escolar.
Para a secretária municipal de Educação de Campo Grande, Elza Fernandes, tem significado muito humanizado, para além da simples entrega de brinquedos.
“Tem todo um carinho por trás desse trabalho, muitas dessas peças são usufruídas pelos próprios filhos desses internos; já amos para eles os vídeos de algumas entregas que realizamos e sentimos a alegria no olhar deles”, afirmou.
Elza lembrou, ainda, da confecção de roupas de ballet para as crianças, confeccionadas pelas mulheres que estão em situação de privação de liberdade. “Essa parceria deu muito certo e só tem aumentado, inclusive outros municípios e secretarias também já estão solicitando os parques”, complementou.
Quem faz 5q271f
O trabalho vem da mão de obra de internos do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho”, em Campo Grande, , na confecção de brinquedos como bonecos de crochê, denominados de amigurumis.
A ação integra o projeto “Costurando o Bem”, que já beneficiou 16 unidades escolares por meio de parceria entre a Agepen a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e foi idealizado pelo agente penitenciário Vinícius Saraiva e o técnico de educação, Felipe Augusto da Costa.
Representante da direção da Agepen durante as entregas, a chefe da Divisão de Trabalho Prisional, Elaine Cecci, destacou a importância da ocupação produtiva para os apenados. “Temos mão de obra disponível e contribuir com a educação das crianças renova a esperança de todos os envolvidos nesse processo, principalmente em momentos tão difíceis que a humanidade vivencia. O essencial é não perdermos a fé e a gratidão, aplicando nossos talentos em benefício do outro”, anotou.
O que é – Amigurumi é uma técnica japonesa para criar pequenos bonecos feitos de crochê ou tricô. É uma técnica utilizada também para para objetos como utensílios domésticos e comida de características antropomórficas