Quem tem um amigo tem tudo 5n6f27
No Dia da Amizade, conheça a história de Willian e Danielle, amigos há 23 anos 2i3h6l
Amizades são como pedras preciosas, muitas vezes difíceis de encontrar e quando as temos, é necessário cuidar com dedicação. Há amigo mais chegado que irmão. Essa citação se torna realidade na vida de pessoas que têm a sorte de desenvolver um sentimento sincero com alguém que não tem qualquer laço, a não ser o emocional.
Nesta segunda-feira (14), é celebrado o Dia da Amizade, e o Primeiro Página conta uma história emocionante que demonstra a força desse sentimento, porque quem tem um amigo, tem tudo, já que amizade rima com felicidade!

Willian Fidélis e Danielle Padilha, ambos de 41 anos, têm 23 anos de amizade, dos quais há seis não se veem pessoalmente. Will, como é carinhosamente chamado, se mudou para Irlanda em 2015 em busca do sonho de ter uma vida melhor e com mais oportunidades. Jornalista e ator, trabalhou como garçom, figurinista e agora se empenha na arte da confeitaria também.
Danielle é psicóloga em Cuiabá. Ela conta que conheceu seu melhor amigo quando tinha apenas 17 anos e ele, à época, 18. Trabalhavam juntos em uma extinta rede de supermercados no Centro de Cuiabá, despretensiosamente começaram a se aproximar.
LEIA MAIS a324l
Críticas sociais: humanos ganham pele de onça-pintada em obras de artista
“Dois adolescentes com realidades bem diferentes. Eu, filha única, e ele com dois irmãos. Eu era caloura na faculdade de istração e ele [estava] no Ensino Médio. Talvez nunca decifremos a conexão, mas a cada dia compartilhando as muitas horas e experiências no mesmo espaço de trabalho foram nos aproximando naturalmente cada dia mais. Ele desde sempre muito esparramado, comunicativo e eu mais reservada e muito mais de observar do que falar”, lembra ela.

Willian se emociona e lembra com carinho a forma como acabou sendo acolhido pela família da amiga, a ponto de ele chamar a mãe dela de mãe também. Desde que decidiu mudar de país, ele conta que sempre mantém contato com Danielle, inclusive com chamadas de vídeo frequentes. Tudo para amenizar a saudade e a dor da ausência.
“Eu fui adotado pela família dela, chamo a mãe dela de minha mãe, e até mesmo a madrinha de minha madrinha. ei por alguns perrengues, mas sempre contei com o apoio dela. É com quem eu mais converso e troco confidências. Ela sabe de tudo da minha vida e eu da dela. Somos bem diferentes em muitos aspectos. Por exemplo, sou extravagante e falante, ela é super reservada e observadora. Mesmo depois de seis anos sem um contato físico, estamos sempre presentes um na vida do outro. Amo incondicionalmente”, diz ele.
A vida sempre muda, mas o amor permanece 6k5n71
Danielle contou ao Primeira Página que teve um filho pouco antes de o amigo ir embora do Brasil. Ele não acompanhou a primeira infância e ainda não teve oportunidade de conviver com a criança. Apesar de a vida ter seguido seu caminho, Danielle nunca deixou que a ausência do amigo o fizesse ser esquecido. Ao contrário, seu filho sabe e conhece muito bem a importância de Willian para a mãe.
“Meu filho não tem lembrança dos momentos vivenciados com ‘Tio Fi’. Era muito bebezinho quando ele foi para a Europa, mas foi tempo suficiente para o amor se estabelecer ao ponto de hoje lamentar que não será o Tio Fi que fará o bolo de aniversário dele este ano. Da adolescência até hoje não tenho uma lembrancinha sequer que ele não faça parte diretamente ou sendo um exímio ouvinte das confidências”.

A amizade entre eles é tão intensa que Danielle mantém alguns “rituais” em memória do melhor amigo da vida. Sempre quando é Natal ela põe à mesa o lugar de Willian, como se ele fosse cear com família.
“Eu mantenho alguns ‘rituais’ muito nossos. Se vou ver um filme sozinha, marco o lugar dele. No final do ano, sempre escolho um dia para fazer compras com ele, mas vou sozinha. O lugar dele sempre está na mesa da ceia de Natal. Sempre que estou em um momento sozinha, curtindo um sofá ou vendo TV, penso nele e uma paz me toma”.
Willian compartilha de sentimentos muito profundos. Ele lembra com carinho os momentos em que podiam desfrutar da companhia um do outro e do planos de “não fazer nada juntos”, até das vezes que escolheu estar com Danielle no Natal do que com a própria família.
“Me lembro quando era próximo às festas de fim de ano. Minha família tinha outros planos e a gente sempre já combinava de estarmos juntos. Por diversos anos foram assim, inclusive desde que saí do Brasil, ela deixa um lugar na mesa pra mim, e nos falamos por videochamada. Viva a tecnologia!”.
Ele também lembra de coisas simples que faziam juntos e do respeito e afinidade entre si.
“Sempre íamos ao cinema, ou ficávamos em casa jogado no sofá, vendo TV. É algo muito nosso. Em todos esses anos, nunca nos desentendemos. Ela é muito importante pra mim, pois confiamos um no outro, com sinceridade e respeito. Muita gente entrou e saiu de nossas vidas, mas nós continuamos como desde sempre fomos. Temos uma relação de irmandade, hoje nos falamos quase que diariamente, tenho mais contato com ela do que com minha família”, diz Willian.
Um recado mais que especial 4o516l
William mora na Irlanda, a mais de 9 mil km de distância. Em um voo direto, a viagem de avião dura mais de 12 horas. No Dia da Amizade, o Primeira Página une os amigos, nem que seja por alguns instantes, em vídeos repletos de amor, saudades e uma grande demonstração que a amizade verdadeira nunca morre.
Veja os vídeos onde eles falam um pouco mais do que sentem um pelo outro: 3v6ei
“Confesso que acho isso curioso. De alguma maneira, sempre houve um afeto maior que rege a nossa relação desde sempre e nunca paramos para questionar. Fomos construindo despretensiosamente ao ponto de não sabermos precisar quando deixamos de ser colegas de trabalho para nos tornarmos amigos e depois irmãos”, reflete Danielle.
Comentários (2) 5a601i
Um amor que só se solidifica com o ar dos anos, não dá para mensurar com palavras, apenas dizer que amo incondicionalmente minha querida amiga/irmã.
Obrigado pela sensibilidade Ana Adélia.
Que delicia ler essa matéria sobre vocês, Dani e vc sempre queridos, um abraço