O que você entendeu sobre sua mãe quando ficou mais velho? 484y6t

Para nossos leitores, envelhecer também é compreender melhor a mãe e valorizar cada segundo dessa relação 3z6219

Eu ainda não sou mãe, mas sou filha há 33 anos. Se tem uma coisa que eu aprendi ao longo do tempo é a honrar a trajetória da minha mãe como um ser humano, aceitando suas inúmeras qualidades – e algumas imperfeições – capazes de me guiar em todos os dias da minha vida ♥️.

Com base nesta reflexão, neste Dia das Mães, 8 de maio, o Primeira Página perguntou: “o que você só entendeu sobre sua mãe quando ficou mais velho?”.

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Compreender faz parte da vida (Foto: Distante da Vida/Divulgação/Disney)

“Sobre resiliência, sobre limitação e sobre o tempo”;

“aquela vontade que ela tinha de sumir”;

“que eu tenho muito mais dela em mim do que eu achava”.

Foram muitos os depoimentos que chegaram até nós, por meio das minhas redes sociais e da minha colega e amiga, Paulinha Maciulevicius, que pela mãe dela também é só amor. “A gente percebe, perdoa e pede desculpas por tanta coisa”, reflete Paulinha.

Confira um pouco do que nos contaram por aí e quem sabe você também não tem uma reflexão para compartilhar com a gente:

O que você entendeu sobre sua mãe quando ficou mais velho? 484y6t

“Que 99% das coisas que ela fala são para o meu bem”

“Eu entendi que uma casa limpa e organizada é o melhor lugar do mundo; que ela é tão leal que larga tudo em questão de segundos se a gente está em apuros – já aconteceu; que 99% das coisas que ela fala são para o meu bem, pra eu não ar o que ela ou; que é possível ser mãe e melhor amiga se ambas estiverem com a terapia em dia”, ri a confeiteira e empresária Heloísa Garcia, 29 anos, filha de Leila Barbosa, 50 anos.

Heloísa conta que nem sempre a relação das duas foi as mil maravilhas. “Eu e minha mãe brigávamos muito”, relembra. Quando Heloísa mudou de cidade, começou a entender um pouco a mãe. “Fui mudando a cabeça também. Eu falei da terapia porque nossa, fez muita diferença, todo mundo da minha família fez, pai, mãe e irmão, além de mim, claro”, relata.

Com todo mundo no divã, eles descobriram um novo caminho para o diálogo. “Hoje falo com tranquilidade que minha mãe é minha melhor amiga”, pontua.

Heloísa e sua mãe Leila: melhores amigas (Foto: Arquivo Pessoal)
Heloísa e sua mãe Leila: melhores amigas (Foto: Arquivo Pessoal)

“Que boas lembranças nos sustentam nas horas difíceis”

Rosana deixou de ter a presença física de Iza em 2016, quando ela faleceu aos 83 anos. Mas, as memórias estão presentes todos os dias. Para ela, só o tempo foi capaz de evidenciar as semelhanças que elas compartilhavam. “Hoje eu entendo que tenho muito mais dela em mim do que eu achava e que perder mãe deixa um vazio na alma que nunca se enche; que boas lembranças nos sustentam nas horas difíceis e que envelhecer é difícil e não tem nada de bom”, acredita.

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Rosana, a mãe e a irmã Lilian (Foto: Arquivo Pessoal)

A mãe de Rosana Puga de Moraes Martinez, 62 anos, faleceu após um longo período convivendo com as dificuldades provocadas pelo Alzheimer.

“Aqui em casa não a nem um dia em que a gente, eu e Pedro [filho], principalmente, não fale nela, sempre com carinho e alegria, lembrando das coisas que ela fazia e das coisas que ela dizia”.

“Eu não vou durar para sempre”

A empresária Natália Figueiredo, 36 anos, guarda muitas lições da mãe, Maria Socorro P. P. Figueiredo. Muitas delas sobre o valor da educação e da generosidade.

“Aprendi com minha mãe que temos que ter educação acima de tudo. Minha mãe era professora e uma das lições mais lindas sempre foi trate as pessoas da mesma forma não importa o que ela tenha ou quem ela seja, isso não define quem ela é. Uma coisa que ouvi desde criança ‘não importa que você não goste de fazer algo é preciso aprender e saber fazer. Você não sabe quando vai precisar’”, relembra.

Para ela, quando a mãe partiu, no dia 1º de junho de 2016, o maior de todos os ensinamentos fez sentido e completou o ensinamento de tantos anos. “A frase que eu nunca dei importância, mas só fez sentido depois: ‘eu não vou durar para sempre. Então trate de aprender tudo que tenho para te ensinar’”.

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Natália ao lado da mamãe, que partiu em 2016 (Foto: Arquivo Pessoal)

“Que ela fez tudo que estava dentro de suas possibilidades por suas filhas”

Lilian Ottoni é mãe da Luna, mas também é filha da Ana Lúcia. “Quando se tem filhos a gente não sabe de nada, a gente aprende tudo com a relação mãe/filho. A gente erra, mas sempre tentando acertar, por isso entendo hoje que ela fez tudo que estava ao seu alcance naquele momento”.

Para Lilian, a maturidade fez toda a diferença nesse entendimento “A chegada da minha filha foi muito importante nessa compreensão, além disso, as reflexões junto com minhas amigas também mães, o yoga, as meditações voltadas para cura interior que sempre nos remete a essa relação incrível entre mães e filhos. E, enfim, a maturidade também ajuda”.

Ana e Lilian
Três gerações: Ana Lúcia, Lilian e Luna (Foto: Arquivo Pessoal)

“Na maioria das vezes ela estava certa”

“É clichê falar que a gente só entende as coisas quando vive, mas para mim foi totalmente verdade. Quando somos adolescentes achamos que já sabemos de tudo, e às vezes também os pais não sabem expressar isso da melhor maneira. Porém realmente quando a gente sai de casa e a a viver determinadas situações, a gente entende demais as mães e vê que na maioria das vezes elas estavam certas ?”, afirma a jornalista Raquel de Souza.

Quando Raquel se casou e ou a morar com o marido descobriu várias “manias” da mãe Gláucia Barbosa de Souza Jeronymo em si, como detestar casa desarrumada, café na cama (atenção, migalhas!) e tantos outros ensinamentos que só depois que a gente cresce e a a organizar a casa, entendemos.

“Sei lá, a gente acha que vai querer ser tão independente, hoje eu sou igual aqueles memes se minha mãe some já fico: onde a bonita pensa que vai? Depois que eu saí de casa ou a ser um prazer contar as coisas para ela, trocar experiências”.

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Raquel e a mãe, juntinhas no casamento (Foto: Arquivo Pessoal)

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Comentários (1) 1j10k

  • Odete de Jesus Gomes Matheus

    Obrigada Naiane por ser minha filha e parceira de todos os momentos, como mãe e filha muito aprendemos e ensinamos uma a outra. Reflexão maravilhosa sobre relação e papel que mães e filhos desempenham na vida um do outro. Te amo muito

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