Mais que entregas, um carteiro sai pela cidade e leva mundos em envelopes 95s54
Nesta quinta-feira (25) é comemorado o Dia Nacional do Carteiro, uma das profissões mais antigas que existem na nossa sociedade. A data foi escolhida em homenagem à criação do Correio-Mor da Monarquia Portuguesa no Brasil em 1663. 5u4o71
Levando e trazendo felicidades ou tristezas, entregando-as pelos lares das cidades. Carregando num envelope amarelo ou branco, carimbado, assinado ou secreto, um pedaço da vida de alguém para um outro alguém. Os carteiros têm tanta importância que são até citados em letras da MPB (Música Popular Brasileira) e, pensando na data comemorativa criada em homenagem a eles, o Primeira Página foi acompanhar de perto o dia a dia de um profissional dessa área e te conta todos os detalhes!
300 e tantos anos de história 3w48c
Nesta quarta-feira (25) é comemorado o Dia Nacional do Carteiro, uma das profissões mais antigas que existem na nossa sociedade. A data foi escolhida em homenagem à criação do Correio-Mor da Monarquia Portuguesa no Brasil em 1663.
Para se ter uma ideia, essa profissão só ou a ser reconhecida por volta de 1835, quando o trabalho de entrega de correspondências nos domicílios brasileiros iniciou.
Antes disso, a população costumava usar mensageiros, bandeirantes e até escravos para conseguirem se comunicar ou levar informações, memórias, notícias, decisões, de um lugar para outro.

Luiz Gomes da Matta Neto foi o nome do primeiro “carteiro” do Brasil. Ele já atuava como Correio-Mor em Portugal, ando depois a ser o responsável no Brasil pela troca de correspondências da Corte portuguesa.
Mas o termo ‘carteiro’ como conhecemos hoje, só ou a ser realmente usado em 1842. E assim nascia, oficialmente, a profissão que, cerca 360 anos depois, continua sendo uma das mais importantes em meio a uma sociedade que utiliza a tecnologia para quase tudo!
O dia a dia de um carteiro 2lq6t
Mas para acompanhar de perto algumas curiosidades sobre essa profissão, o Primeira Página foi até o CDD (Centro de Distribuição Domiciliária) dos Correios, no bairro Cristo Rei em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Lá, acompanhamos um dia de entrega do Ednilson Guarim, de 42 anos, que atua como carteiro na unidade há cerca de cinco anos.

Segundo ele, a saída para as ruas da cidade é diversificada, às vezes de carro e outras de bicicleta e, em meio aos anos de comprometimento em levar itens tão necessários aos mais diversos endereços e indivíduos, situações inusitadas já aconteceram, como quando ele chegou a uma residência, chamou o morador e quem respondeu foi um ser pra lá de diferente!
Além dos dias em que presenciou momentos curiosos, Ednilson afirma que, mesmo enfrentando chuva ou sol, sair pelas ruas da cidade para realizar as cerca de 110 entregas diárias, é algo que desperta nele a sensação de “presentear” as pessoas com algo que elas esperam tanto.
E se o carteiro pudesse resumir seu trabalho em duas palavra, seriam “interação” e “integração”.
Sem a profissão da qual Ednilson faz parte, a comunicação entre os cidadãos dos mais diversos lugares seria quase impossível, pois, como diz Cassia Eller, na música ‘ECT’, eles “levam o mundo sem ir lá”.
E o mundo inteiro de alguém pode caber em um envelope amarelo ou branco, em uma caixa das maiores ou menores que seja. E, mais esperado que a própria encomenda ou correspondência, só mesmo ele: o carteiro!

Só em Mato Grosso, cerca de 5,5 milhões de encomendas nacionais e 2,4 milhões internacionais foram entregues no ano ado, de acordo com a assessoria dos Correios.