Jornalista de MT bate 1 milhão de seguidores falando de feminismo 3k4h1w

Em um misto de surpresa e de dever cumprido, ela contou como tem sido se manter relevante dentro de uma plataforma digital permeada de vídeos virais e curtos que disputam atenção a todo momento 494d41

Navegar contra a maré de conteúdos virais frívolos e instantâneos das redes sociais é um dos desafios que levou a jornalista Jaqueline Naujorks a bater 1 milhão de seguidores no Tiktok. Ela atingiu essa marca na quinta-feira (20). A jornalista é apresentadora do Bom Dia MT e tem a coluna “Não Sou Obrigada” no Primeira Página.


Em um misto de surpresa e de dever cumprido, ela contou ao Primeira Página como tem sido se manter relevante dentro de uma plataforma digital permeada de vídeos virais e curtos que disputam atenção a todo momento.

“Acho que a rede social precisa de um papel social. Alguns influencers não tem mensagem construtiva e positiva, então a gente tem que usar essa ferramenta assim, para apoiar pessoas. Para fazer alguém sair da rede social e pensar que pode dar um rumo novo na vida e fazer essas vidas serem aproveitadas. Acho que é isso que devemos fazer como produtores de conteúdo”, afirmou.

Em um dos vídeos com mais de 5,3 milhões de visualizações, Jaqueline explicou que a energia que a move nessa luta diária contra o machismo veio da sua infância no Rio Grande do Sul.

“Mesmo quem não queira militar, vai ter conhecimento para dizer ‘não’ para uma vida que te faz infeliz. Você tem que fazer a sua existência valer a pena. São essas reflexões que são muito básicas, mas a gente não faz, porque trabalha, ganha dinheiro. A gente vive um papel de transição muito grande. Por exemplo, hoje o marido não é mais o provedor. Então, esse papel de gênero não é mais fixo, se não tem mais uma posição, vamos construí-la”, afirmou.

Jaqueline Naujorks é apresentadora do Bom Dia MT e colunista do Primeira Página. (Foto: Reprodução)
Jaqueline Naujorks é apresentadora do Bom Dia MT e colunista do Primeira Página. (Foto: Reprodução)

“Venho de uma família de uma mãe solo, vó viúva, todo exemplo que tive são de mulheres fortes. Sempre fui engajada na causa de encorajamento de mulheres. Eu cresci em uma comunidade muito complicada e violenta, então, sempre atuei, inclusive como jornalista, nessa causa”, contou.

Com a pandemia de Covid-19, ela disse que ou a intensificar a produção de vídeos depois do expediente da redação. Era uma forma, segundo Jaqueline, de alcançar mais mulheres através das redes sociais e levar conhecimento a respeito da valorização feminina.

“Se eu parar para pensar que um vídeo meu falando o que é um relacionamento abusivo pode tocar a consciência de uma mulher e ela saia o quanto antes de perto de um abusador que pode vir a ser um agressor ou feminicida, é uma missão muito importante. A raiz do machismo que vitimiza mulheres é a falta de conhecimento, a ignorância”, contou.

Poucos dias depois de abrir a conta na rede social, ela disse que recebeu uma mensagem de uma seguidora do Rio de Janeiro, que tinha 57 anos e vivia há mais de 20 anos presa em um casamento abusivo. Pouco depois, a seguidora enviou uma mensagem para a jornalista e contou que se separou do marido, que não permitia que ela bebesse ou saísse com amigas, e conheceu um novo homem que a valoriza plenamente.

@jnaujorks

“Ela tomou coragem de colocar um abusador para fora e reencontrou toda a felicidade que uma mulher merece, que é com respeito e consideração. É aproveitar seu tempo de vida, vivendo, e não servindo a alguém que nos desvaloriza”, disse.

Os seguidores homens, na maioria, aparecem no perfil dela com a intenção de atacá-la por causa do conteúdo dos vídeos. E o que ela faz com isso?

“A maior parte dos homens vem para me combater e dizer a clássica frase ‘nem todo homem’ e ‘você está generalizando’. Não é generalizar. Nós estamos falando de uma esmagadora maioria. Se não fosse, infelizmente, essa figura do homem abusador, a gente não ia precisar de uma Lei Maria da Penha e delegacia da Mulher aberta 24h”, afirmou.

Segundo Jaqueline, essa luta não tem um fim enquanto a sociedade continuar sendo, em sua maioria, baseada em preconceitos e retrocessos morais. Mas isso pode mudar com mais conhecimento.

“No quesito violência, não há distinção social, a mulher do patrão apanha tanto quanto a mulher do empregado. A mulher do político apanha tanto quanto a mulher da limpeza na casa dela. Então, isso nos iguala e eu tento ser o mais didática possível. Porque sei que ela vai entender sobre equidade e as diferenças de gênero, e vai ser mais uma menina consciente nessa luta”, contou.

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