Flor de manacá-da-serra vira tatuagem para eternizar frase de mãe 2b5s72
Trabalho feito com flor de verdade, por Cristina Gasparetto, reforça o amor e saudade pela mãe que Maria Karaguatá guarda no peito 6j38f
O Primeira Página ama contar histórias por trás de tatuagens. Inclusive, já mostramos avós eternizados na pele de netos.
Desta vez, as protagonistas são três: o dom da tatuadora Cristina Gasparetto, a lembrança bonita da ceramista Maria Karaguatá e a delicadeza da flor manacá da serra.

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Não é muito comum a gente ver por aí tatuadores usando flores reais para criar uma tatuagem, mas a ousadia de Cristina foi uma inspiração.
“Honestamente, não sei se a técnica tem um nome específico. Não posso dizer que eu criei, porque quem faz uso há anos (e que eu sigo e iro muito) é uma tatuadora ucraniana chamada Rita”, revelou ao PP.
Confira abaixo o dia especial da tatuagem sendo feita:
Inspiração 3f3v58
Cristina sempre via belos trabalhos da estrangeira e ficava com vontade de fazer também. Conheceu Maria e, juntas, resolveram colocar em prática, já que a artista tinha um desejo de fazer uma tatuagem com Cristina.
“Eu comentei com a Maria há quase um ano sobre (…) ela amou na mesma hora. Topou!”, relembra a tatuadora.
Contudo, faltava um pequeno grande detalhe: a flor.

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“Aí começamos a busca pela planta que escolheríamos (…) Precisava estar florido na data da tattoo e ter algum significado pra ela. Então, quando o manacá na frente da minha casa floriu, eu mandei foto pra ela, disse que os manacás estavam florindo. Então ela me disse que a mãe dela sempre falava isso pra ela nessa época [da planta florir] Foi emocionante”, conta Cristina.
A emoção que a tatuadora disse foi sentida pela repórter aqui, quando Maria também detalhou a bonita lembrança de sua mãe, também chamada Maria, e que faleceu em outubro de 2020.

“[Cristina] Mandou um recado pra mim, me disse: Olha, Maria, os manacás da serra estão floridos aqui em casa. Só de falar me emociona… Era um frase que minha mãe falava sempre. Quando floria ela sempre me mostrava (…) ‘OS MANACÁS DA SERRA ESTÃO FLORINDO’. É essa flor!”, relembra a artista.
O trabalho delicado da tatuadora é totalmente visível nas imagens registradas durante a produção da tatuagem de Maria.
“Eu tenho uma forma bastante livre e artística de trabalhar. Eu entro em imersão durante a tattoo, como se eu realmente estivesse pintado uma tela. Por essa razão, eu amei fazer a tattoo da Maria, porque a flor não nos dá um decalque comum e perfeito para seguir e tatuar. É quase como desenhar sem mapa, a mão livre. Quem vai pro estúdio tatuar comigo costuma já saber disso e me dá bastante liberdade. Eu amo demais meu trabalho”, diz a profissional.

Para Maria, é claro que o resultado, além de carregar uma memória emocionante, tem um gostinho especial por ser feito pela tatuadora.
“Eu tenho uma obra de arte da Cris aqui na minha perna, e isso é muito importante pra mim”, finaliza.