Feliz Natal e um Ano Novo de Amor, em Paz e sem Ódio x5x4b
A época é natalina, a celebração é do nascimento de Jesus, a festa é do povo cristão. É momento de alegria, mas há algo que pode tirar o brilho da festa: o ódio. Precisamos falar um pouco sobre ele e daquele que o detém: o homem. O ser humano nasce bom ou mau e o […] 586j2n
A época é natalina, a celebração é do nascimento de Jesus, a festa é do povo cristão. É momento de alegria, mas há algo que pode tirar o brilho da festa: o ódio. Precisamos falar um pouco sobre ele e daquele que o detém: o homem.

O ser humano nasce bom ou mau e o meio em que vive, familiar e social, é capaz de modular a bondade e a maldade que existem em cada indivíduo. Temos um filtro que nos ajuda a racionalizar nossos sentimentos bons ou maus com o aprendizado, que nos é ofertado desde as primeiras horas de vida. Alguns de nós, porém, não possuem este filtro e realizam bondades maiores do que suas possibilidades ou executam maldades extremas, que parecem não fazer parte da natureza humana.
Não sabemos quem é quem no emaranhado de pessoas que cruzam diariamente as ruas da cidade e pouco sabemos sobre aquelas com quem temos alguma convivência. Somente os momentos inusuais, como os de grandes dificuldades, por exemplo, nos mostram um pouco da verdadeira personalidade de alguém. É certo dizer, também que não conhecemos o homem até que ele se depare com as oportunidades da vida. Há um ditado que diz que a ocasião faz o ladrão. Penso mais, que o ladrão aproveita a ocasião ou procura criá-la.
Estamos atualmente num patamar perigosamente alto de ódio no mundo. Separamos a família, os amigos, os interesses políticos, as divergências religiosas, de raça e de gênero. As notícias verdadeiras e falsas espalham-se equitativamente nas redes sociais, atingindo um enorme número de indivíduos, que podem tornar-se soldados de um dos lados de uma luta. Assim, o mundo todo, de certa forma, entra em guerra ou põe-se em prontidão à espera de um conflito. Assim, o mundo todo, de certa forma, vive o ódio ou convive com ele.
O ódio é um sentimento nocivo, que traz sérios danos à saúde mental da pessoa que odeia, que se sente incapaz de mobilizar seus filtros, permanecendo com a carga negativa e pesada deste sentimento. Traz prejuízos, também, à pessoa odiada, que sofre – tanto, menos ou mais – que o ser odiento, tal a negatividade e o peso de tal sentimento.
Maquiavel disse que “Homens ofendem por medo ou por ódio”. Ambos – medo e ódio – são produzidos a partir de uma ameaça interna ou externa e podem aumentar ou diminuir e até desaparecer com a maturidade emocional. A diferença é que o medo é produzido no homem, enquanto o ódio é produzido por ele.
O ódio aumenta o estresse do dia a dia, agrava a ansiedade e a depressão. O ódio é um mal que faz mal, muito mal. Infelizmente ele está aí, não sei se chegou para ficar, mas espero que o tempo seja uma vacina eficaz contra ele.
Que Deus tenha piedade de nós! Um Feliz Natal a todos e um Ano Novo de Amor, Paz e sem Ódio.