Em praça no Santa Fé, Jaguaretê é onça de aço que pesa 1 tonelada sg3m
Com 5,05 de comprimento por 3 metros de altura, escultura em pracinha no Bairro Santa Fé chama a atenção pelo tamanho e pela originalidade de suas formas 496z1m
Entre o principal shopping e um dos bairros mais valorizados de Campo Grande, nasceu a mais nova obra de arte da Capital. Imponente, Jaguaretê é o nome da escultura imensa que homenageia o maior felino das Américas: a onça. Uma criação do artista Marcos Rezende em homenagem a um dos símbolos da fauna de Mato Grosso do Sul.
Em entrevista ao Primeira Página, Marcos comenta que obras que são uma reprodução idêntica a animais, não são incomuns em Campo Grande. Nota-se pelas esculturas na Praça das Araras e na Praça Pantaneira, por exemplo. Mas Rezende quis fugir do óbvio e fazer diferente, mesclando a tradição com a modernidade.
“Quis unir a proposta de reproduzir um animal clássico, mas de uma forma contemporânea, por isso decidi fazer essa onça dessa maneira poligonal em aço”, explica Marcos. O artista conta que levou cerca de dois meses para concluir a obra, devido à sua complexidade e originalidade.
Feita em aço, todas as peças da Jaguaretê foram antes projetadas no computador, para só então serem cortadas uma a uma. A obra pesa pouco mais de uma tonelada e tem 5,05 metros de comprimento por 3 metros de altura com 2,39 de largura.
“É um trabalho de precisão, de forma, de tamanho, as chapas foram cortadas a laser e montadas como se fosse um quebra-cabeça gigante”, explica.

A escolha do material também foi importante para que Marcos pudesse colocar a obra em prática. A Jaguaretê foi feita em aço corten que tende a oxidar. A intenção é de que a cor da peça e do cinza, para o marrom cor de ferrugem, diante da ação do tempo e das condições climáticas.
“Qualquer outro tipo de cor que aplicasse nela, ia ficar artificial, por isso escolhi um material mais moderno, com essa proposta contemporânea do aço”, completa.
O nome Jaguaretê é de origem tupi e significa onça-pintada, mas, Marcos Rezende confessa que na sua concepção artística, a onça é parda. A construção da peça se dividiu entre a fazenda de Marcos, próxima da Capital e em uma serralheria. Do local, a Jaguaretê precisou ser transportada em um caminhão munk devido ao seu peso e a obra surpreendeu os moradores da vizinhança.

Inaugurada no último dia 8 de dezembro, Jaguaretê foi a “cereja do bolo” da revitalização da praça que agora conta com novo gramado e jardim. Marcos conta que é artista há cerca de 10 anos, período em que se dedicou a exposições fechadas com alguns de seus quadros e esculturas. Um dos trabalhos mais conhecidos do artista é o busto do escritor e fundador da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Ulysses Serra, no hall de entrada da Academia. A Jaguaretê é a sua primeira obra a ficar exposta à população ao ar livre.
“Ela ficou coberta por cerca de 10 dias o que gerou um ar de mistério, gerou uma expectativa. Vi gente até falando que era um touro, mas quando viu que era uma onça ficaram surpresos. A praça onde ela foi instalada, agora, mais parece um mirante então tem sido bem legal notar a reação das pessoas”, conclui.
Quer conhecer a Jaguaretê? A escultura fica na Praça Santa Fé, na Rua Paraná em frente ao número 160.