Célia dá lição de empatia com ajuda a ex-vizinha para encontrar os filhos 1d3119
Durante atendimento em um posto de saúde de Paranhos, a vacinadora ficou comovida com a história de Dora que estava há 4 anos sem ver os filhos 3o2k1m
O atendimento em um posto de saúde de Paranhos, a 448 quilômetros de Campo Grande, uniu, mais uma vez, a história de ex-vizinhas que estavam há mais de uma década sem conversar. A vacinadora Célia Aparecida Feliciano da Silva, de 50 anos, descobriu que Dora Vilhalva, de 56 anos, estava há 4 anos sem ver os filhos dela e, em um gesto de pura empatia, assumiu a tarefa de promover esse reencontro. Conseguiu entre a mãe e um dos filhos, mas ainda auxilia na busca por outro.

À reportagem do Primeira Página, Célia conta que há cerca de dois meses estava trabalhando na triagem dos pacientes quando viu Dora ando mal na unidade de saúde. Ela começou a conversar com a ex-vizinha e perguntou sobre os filhos dela.
Célia lembra que Dora chorou ao ouvir a pergunta. “Estou tão triste. Tem tanto tempo que não vejo os dois. Eles estão presos”, declarou ela à profissional de saúde. Comovida com a situação, a vacinadora pegou os dados da ex-vizinha e pensou em formas de ajudar.

O primeiro o foi auxiliar com a documentação para a mãe criar a carteirinha de visitante do presídio. O marido de Célia, que também ficou comovido com a história, levou Dora até Amambai, a 338 quilômetros de quilômetros de Campo Grande, para emissão do documento e deu certo.
No último fim de semana, o casal trouxe Dora até a portaria do presídio de Segurança Máxima, na Capital, e depois retornou para saber como tinha sido o encontro entre mãe e filho.
“Chorei e meu marido também”, lembra Célia do momento em que ouviu o relato da ex-vizinha sobre o reencontro entre Dora e o filho ngelo que foi aplaudido até por outros detentos.
Agora Célia quer ajudar Dora a encontrar o outro filho dela, Luciano Vilhalva Ávalos que também estava preso, mas, foi absolvido do crime e recebeu alvará de soltura no último dia 29 de setembro. Ele não foi encontrado em Campo Grande.
Ela procurou a imprensa para auxiliar nesse processo. A reportagem do Primeira Página entrou em contato com a Agepen (Agência Estadual de istração do Sistema Penitenciário) e foi informada de que a equipe psicossocial da agência entrará em contato com a mãe.
“Fiquei muito feliz em ajudar. Queria que Deus a abençoasse e ela reencontrasse o outro”, declarou Célia, enfatizando que, por mais que eles tenham errado, é bom que tenham contato com a mãe.
As prisões – Os filhos de Dora foram presos em setembro de 2021 por homicídio em uma conveniência da Vila Santo Eugênio, em Campo Grande. ngelo continua preso enquanto o outro foi absolvido.