Bebês que estariam sem batimentos nascem de forma inexplicável em MT; veja vídeo 30g4b

Neuraci Lisboa França, de 41 anos, ou por uma gravidez de risco e deu à luz em maio, após um ultrassom no qual os bebês teriam aparecido sem batimentos cardíacos, em Barra do Garças 6i491l

Grávida de gêmeos aos 41 anos, Neuraci Lisboa França precisou ar por um parto de urgência no 3º trimestre da gravidez, enfrentando uma dor maior que a física: a dor de saber que os filhos poderiam morrer.

Na sala de cirurgia, família e médicos presenciaram o que chamaram de “inexplicável”: duas crianças que, segundo a equipe médica, não possuíam batimentos cardíacos e não se moviam, choraram após serem retiradas do ventre da mãe.

Assista abaixo o relato completo da mãe e da equipe médica que a atendeu:

Neuraci, de 41 anos, ou por um parto de emergência após quase perder o casal de gêmeos que esperava. (Vídeo: Gabi Braz)

Gravidez de risco 3z2i4g

Moradora de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, Neuraci descobriu a gravidez no ano ado e, durante meses, precisou deixar o trabalho de assistente social e voluntária, pois mal podia se movimentar no dia a dia.

É que por ser diabética, asmática e ter 41 anos, a gravidez de gêmeos foi considerada um risco para ela, como afirmou a equipe médica que realizou o acompanhamento da gestação.

Os especialistas que cuidaram da gravidez de Neuraci eram de Goiânia, para onde a mulher e o marido – Paulo Fernando França, de 57 anos – precisavam ir a cada 15 dias realizar consultas e exames de pré-natal.

Gêmeos estariam sem batimentos cardíacos 4n632d

Mesmo tendo seguido à risca a orientação médica de não se esforçar, na noite de sábado, dia 18 de maio deste ano, Neuraci começou a ter fortes dores e hemorragia, precisando ser encaminhada às pressas para uma clínica de ultrassonografia.

Nesse momento, o desespero tomava conta daquela mãe, que se viu diante da possibilidade de perder os filhos que esperava, pois durante o ultrassom, o dr. João Bosco Morbeck não teria encontrado sinais vitais nos fetos.

Ao Primeira Página, o médico, que atua há quase 40 anos na área, contou que também acompanhou o pré-natal de Neuraci e que, durante a ultrassom de urgência, foram cerca de 10 minutos tentando ouvir os batimentos cardíacos e movimentos corporais dos bebês – que não estariam sendo identificados, mesmo utilizando aparelhos avançados para o exame.

“O mundo caiu ali pra mim… eu não queria de maneira nenhuma pensar na possibilidade de perder meus filhos”, contou a mãe emocionada.

Além disso, João Bosco explicou que Neuraci teria tido um descolamento de placenta, o que causou a hemorragia e gerou riscos à mãe e aos filhos.

Então, rapidamente, a mulher foi levada para um hospital na cidade, onde aria por uma cesariana de emergência. Lá, outro médico ou a fazer parte dessa história “inexplicável”: o obstetra e ginecologista dr. Abdo Abdalla.

O “inexplicável” 3z13p

Já era madrugada do dia 19 de maio deste ano, um domingo, quando Neuraci era preparada para a cesariana de urgência.

Para o médico, ele estaria entrando em uma sala de cirurgia para fazer o parto de dois bebês possivelmente mortos, devido à junção de fatores e gravidade do estado de saúde de Neuraci.

Foi então que a família e equipe médica presenciaram um momento que chamaram de “milagroso e inexplicável”: quando o obstetra retirou Noah, de apenas 32 semanas, do útero da mãe, ele não respirava e não se mexia, mas, após minutos de massagem realizada pelo médico, ele chorou!

O choro foi seguido por sorrisos e gritos de todos que estavam presentes, inclusive dos que aguardavam do lado de fora da sala de cirurgia, como contaram o médico e a mãe.

“Naquele momento, a sala se encheu com o choro do meu neném, um choro de vida”, disse Neuraci.

Após a sensação de ver o bebê retomando as forças, Abdo ainda precisava enfrentar outro desafio: retirar a segunda criança, que estava também sem movimentos, em uma placenta separada do irmão.

Noah e Silvana nasceram com 32 semanas, no dia 19 de maio deste ano. (Foto: Arquivo Pessoal)
Noah e Silvana nasceram com 32 semanas, no dia 19 de maio deste ano. (Foto: Arquivo Pessoal)

Segundo o médico, antes de fazer o parto da pequena Silvana, ele ficou alguns momentos tocando os pés dela, enquanto repetia em pensamento: “essa segunda bem que poderia estar viva”.

E estava! O obstetra afirmou que, após alguns minutos sentindo o toque, a bebê chutou a mão dele! Foi então que a sala de parto novamente se encheu de alegria e a irmã do Noah vinha ao mundo, também chorando, também com vida.

Após nascimento, casal de gêmeos ficou cerca de 1 mês internado na UTI. (Foto: Arquivo Pessoal)
Após nascimento, casal de gêmeos ficou cerca de 1 mês internado na UTI. (Foto: Arquivo Pessoal)

Abdo afirma que, em anos de experiência na área, essa foi a primeira vez em que ele ou por uma experiência dessa. Para ele, é algo que foge da explicação médica ou humana.

Um final feliz 1b4j36

Após o parto, o casal de gêmeos Noah e Silvana precisaram ficar cerca de 1 mês internados em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Goiânia, para se recuperarem das complicações do parto e aprenderem a se alimentar por meio de sonda e mamadeira.

Equipe médica segurando os gêmeos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Equipe médica segurando os gêmeos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, com quase dois meses de vida e saudáveis, eles já estão em casa e são a resposta de conforto para a atitude que Neuraci teve quando descobriu a gravidez e decidiu enfrentar os riscos por amor à maternidade.

“Hoje em dia, a lição que eu tiro disso é que a melhor canção que Deus escreveu é a batida de um coração para uma mãe”, afirma Neuraci.

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Comentários (3) 616d10

  • Brigida Aparecida da Silva Godoy

    Mês de maio,mês de nossa Senhora,ELA É MÃE MUITO MAIS IMPORTANTE QUE QUALQUER SITUAÇÃO,E TENHO CERTEZA QUE FOI ELA,QUE SOPROU NO CORAÇÃO DOS MÉDICOS: NÃO DESISTAM ,ESSES BEBÊS SAO UM PRESENTE DO CÉU,PARA A FAMÍLIA,UM MILAGRE DUPLO,EU CREIO.

  • Caroline Toledo de Souza

    Que história emocionante
    Deus e maravilhoso demais ???

  • Lucimara Ferraz

    A minha filha nasceu de 2 semanas. Eu estava com 41 anos. Ia gravidez foi de risco, também. Hoje a minha filha está com 9 anos. Muiito inteligente, é a melhor aluna da sala.
    Ela é a minha única filha.
    Tive muita dificuldade para engravidar.
    Hojesu pedagoga concursada, esposa e mãe mãe. Uma mulher completamente realizada.

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