Aos 100 anos, José coleciona memórias como pioneiro de Corguinho 5z1uv

Em meio a garimpo e 2ª guerra mundial, centenário diz, com orgulho, que município foi lugar escolhido para ar a vida 666rs

Filho de um dos fundadores de Corguinho, a 99 km de Campo Grande, José Alves Vilela, que completou 100 anos em 24 de novembro de 2024. A celebração durou dois dias e foi motivo para comemorar a memória viva da construção do município.

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José completou 100 anos neste mês, em Corguinho. (Imagens: Roberto Kelsson).

Conforme esclareceu à reportagem do Primeira Página, Corguinho não é terra natal, pois o Zé, como é conhecido, nasceu na verdade em Campo Grande. Mas, aos 9 anos ou por Rochedo junto ao pai, até encontrar o recanto e destino final.

“Eu sou nascido na Capital, mas nunca gostei de Campo Grande. Nem Rochedo, nunca gostei e toda a vida foi Corguinho. Meu pai foi um dos fundadores de Corguinho, Lemírio Candido Vilela. Ele foi comprando fazenda e até hoje estou aqui no Corguinho”, contou.

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O início de tudo 2d6a6p

As imediações de Corguinho começaram a ser povoadas em 1931. A existência de pedras preciosas nos rios Carrapato e Formiga atraiu garimpeiros do norte e nordeste do Brasil.

No entanto, aqueles que se instalaram à beira do rio Fala Verdade não encontraram o que procuravam e, por isso, desceram para o Rio Aquidauana. Por lá, encontraram o Ribeirão Corguinho e voltaram as buscas por jazidas, diamantes e outras pedras preciosas.

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Com 100 anos, histórias não faltam para o morador de Corguinho. (Imagens: Roberto Kelsson).

O povoamento resultou em uma divisão territorial feita em 1955, que deu vida a sede do município de Corguinho justamente em referência ao Ribeirão Corguinho, que a por dentro da cidade e deságua no Rio Aquidauana.

Toda a movimentação foi acompanhada por Zé, que relembra que o garimpo era forte na região, mas foi acabando com o tempo.

“Meu pai comprou uma chácara aqui e nós viemos para Corguinho pra estudar, eu e meus irmãos. Quando eu cheguei aqui no Corguinho era garimpo e tinha muito garimpeiro. Foi acabando o diamante e os garimpeiros começaram a sair. Aí os moradores começaram a fazer casa e morar e foi crescendo o Corguinho, aumentando”, relembrou.

Convocação para 2ª Guerra Mundial 602s3k

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Registro de José na época da 2ª Guerra Mundial. (Imagens: Arquivo Pessoal).

Convocado em 1946 para a 2ª Guerra Mundial, seu Zé explicou que acabou se safando do conflito em decorrência de um mal-estar. Em 1947 ele havia se casado e nem mesmo chegou a ir para a casa, precisou partir direto rumo ao Exército Brasileiro.

No trajeto, acabou pegando uma febre forte e, por este fator, em avaliação, os oficiais acabaram por dispensá-lo.

Celebração do centenário 1s6d4p

No dia 24 de novembro deste ano, Zé celebrou 100 anos de vida, com uma festa nada tímida. O evento reuniu dezenas de pessoas em dois dias de muito agito. Em discurso emocionante, o centenário aproveitou a oportunidade para deixar um recado e também mostrou o gingado durante o arrasta pé. Veja o vídeo abaixo:

Festa foi com muita dança, comida e comemoração.

Com a voz rouca após a festança, Zé fez questão, de mesmo um pouco debilitado, falar ao Primeira Página sobre o ensinamento que quer deixar aos mais novos: “para ensinamento do povo mais novo, para deixar com felicidade para todo mundo saber. É fácil viver, é só ter amor em tudo quanto a gente tem e tudo que tem que ser com amor”.

A neta, Grazielle Vilela Paraguassu, 39 anos, que é empresária, confessa que é suspeita para falar. Afinal, vê o avô como um “ser fantástico” e se considera uma privilegiada de tê-lo na vida. “Ele me ensina todos os dias algo diferente. A minha melhor memória com ele são dos finais de semana quando chego lá e dou 1000 abraços e ele sempre me diz: ‘agora eu estou bem melhor’”.

Segundo Grazielle, avô Zé aos 100 anos fala normalmente, tem a memória perfeita e se mostra totalmente disposto a continuar a viver. “Às vezes, como ele diz, as pernas doem e a barriga fica meio ruim, mas é pela idade”.

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