A separação de Sandy e a nossa fé no casamento duradouro h4k5t
Por que ficamos tão abalados com o divórcio do nosso casal perfeito? 2o6e2t
A notícia da separação de Sandy e Lucas Lima caiu como uma bomba sobre uma geração inteira de millenials no Brasil: nós, que crescemos com ela, acompanhamos cada fase, desde a virgindade defendida com veemência até o relacionamento perfeito com o cara perfeito e a família perfeita, ficamos profundamente abalados com esse divórcio – e precisamos questionar o porquê.
As meninas da geração Sandy, hoje têm seus 40 anos. Somos as filhas das mulheres libertadas pela legalidade do divórcio, a filha da mãe-solo abandonada, ou mesmo a filha de um casal harmonioso, que nos deu o exemplo de respeito na relação, subindo muito a régua do que devemos aceitar. Nós já sabemos que as histórias de amor perfeito só acontecem mesmo nos comerciais de margarina. Do lado de cá da realidade é puro esforço em fazer dar certo, o que nem sempre é o suficiente.
O divórcio de Sandy e Lucas acabou com a nossa fé no casamento duradouro? Não. Nos mostrou que ninguém precisa manter um casamento infeliz por pura convenção social.
Quantos casais você conhece que postam fotos, viajam, vão a churrascos e casamentos, convivem na igreja, no bar, nas festas dos filhos, mas não têm um fiapo de amor entre si? Não se olham com iração, não se tocam, não se elogiam. Apenas convivem, como autômatos, insistindo numa ideia de consertar eternamente o casamento que já ruiu há muito tempo. O buraco numa represa, tapado com um band-aid.
Essa ideia de manter o casamento de todo jeito, perdoando coisas imperdoáveis, aceitando o que não concorda, violentando o emocional do indivíduo, é tortura em doses homeopáticas. Quantas pessoas viveram e morreram sem conhecer qualquer grau de felicidade na vida adulta, presas a relacionamentos que odiavam? Quantos seres apagados você conhece, vivendo de aparências, escolhendo todos os dias o vazio abissal de uma vida morna">Quero deixar minha opinião!