Roqueiros estrelam filme sobre a trajetória do heavy metal em Campo Grande bo3y
Documentário "Barulho do Mato" deve ser lançado no início do segundo semestre deste ano 4165
Amante confesso do heavy metal, o jornalista Lucas Arruda vai eternizar a trajetória do estilo em Campo Grande por meio de um documentário que já começou a ganhar forma. O média-metragem “Barulho do Mato” terá depoimentos dos roqueiros que marcaram época na capital e deve ser lançado, no início do segundo semestre deste ano.

Lucas conta que teve o “insight” para fazer o filme há três anos, fruto de uma inquietação pessoal dele em saber um pouco mais da história musical de Campo Grande.
“Campo Grande é uma cidade que tem pouca de sua memória documentada, não sei se é o reflexo de um estado jovem. E, na música, senti que faltava um documentário que falasse sobre o Metal. Cadê a história das bandas? Principalmente, as bandas antigas. Quem foi o primeiro a fazer? Como surgiu? A partir daí, conversei com alguns amigos do meio musical, como o Katástrofe [banda], com o Kão, artista que é do Punk, mas sempre esteve no rolê do Metal. E, aí foi nascendo o projeto até eu conseguir, agora, ar no edital e iniciar a produção”.
Lucas Arruda.
Conforme Lucas, o filme fará um recorte do período de 20 anos entre as décadas de 1980 até 1990, para mostrar as diversas nuances de estilo e influências de bandas nacionais e internacionais, no Heavy Metal que era feito na capital.
Alta Tensão, Black Church, Devastation, Necroterium, Sacrament, Krematory, Desejo Impuro, Katastrofe, Zero Tribe, Kreatures Dark, Haze são algumas das bandas que estão cotadas no roteiro de “Barulho do Mato”.

O primeiro entrevistado do documentário foi o músico Marco Aurélio dos Santos, conhecido como Kão. O artista teve vivência intensa no cenário underground sul-mato-grossense e tem ajudado a mapear as bandas que deram voz ao estilo e que serão retratadas no documentário.
Também foram entrevistados os músicos Mark, da banda No Name, Enrique Gonçalves, da banda DxDxOx e a produtora cultural Ângela Finger.
“O documentário é fundamental para registrar histórias sobre a cena do Metal. As novas gerações poderão saber e entender como surgiu e quais foram as dificuldades que as bandas tinham para tocar e ensaiar, sem contar que é um registro de pesquisa e valorização artística”.
Marco Aurélio dos Santos.
Para quem está por trás das câmeras e é fã de Metal, como a diretora de fotografia do documentário, Cátia Santos, registrar esses relatos têm sido um desafio criativo no qual ela espera deixar aquele gostinho de nostalgia no espectador.
“Contar a história desse estilo, num Estado com uma presença musical predominantemente sertaneja, será um desafio e tanto. Nesse sentido, a fotografia e a edição são muito importantes em um trabalho tão complexo como esse, pois elas ajudam a interligar as histórias que construíram o nosso heavy metal”.
Cátia Santos.

O documentário “Barulho do Mato” conta com financiamento do FIC (Financiamento de Investimentos Culturais), da FMCS (Fundação Municipal de Cultura de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à da Setesc ( Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), do Governo de Mato Grosso do Sul.
Comentários (2) 5a601i
Esse filme sem a presença dos integrantes do alcoolic death ficará bem vago.
Alguém tinha que incluir no documentario as histórias do Bar do Edgar que funcionava perto do clube União dos sargentos…