Ainda Estou Aqui: o acidente que deixou Marcelo Rubens Paiva cadeirante 6ipi
O filme que estreou no começo deste mês é uma adaptação do livro homônimo publicado por Marcelo Rubens Paiva 4i624n
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Não diga que não avisamos: este conteúdo apresenta spoiler do filme “Ainda Estou Aqui”, recém estreado no Brasil e que tem arrastado várias pessoas às salas dos cinemas. A obra é uma adaptação do livro homônimo, publicado em 2015 e escrito por Marcelo Rubens Paiva.

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No filme, Marcelo não é um dos personagens principais. Mas um fato na vida real chama a atenção daqueles que acompanharam de forma ávida a obra nas telas. Para os desavisados, uma agem de tempo não dá tantos detalhes do ado.
Ao longo da primeira fase temporal do filme, Marcelo Rubens Paiva é apresentado como uma criança alegre e que tem no esporte uma paixão muito forte durante os anos que viveu na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em uma das agens de tempo, que avança o filme dos anos 1970 para os anos 2010, apresentaram Marcelo em uma cadeira de rodas.
Para quem não sabe a história, as poucas menções feitas no filme não dão um panorama completo do acidente que deixou Marcelo Rubens Paiva cadeirante. A falta de explicação é justificável, já que não faz parte da narrativa. Mas fica tranquilo, explicamos abaixo.
Grave acidente aos 20 anos 366v6p

Marcelo Rubens Paiva sofreu um grave acidente quando tinha 20 anos. O jovem não sabia que aquele momento iria acompanhá-lo para o restante da vida.
Mais especificamente, em 14 de dezembro de 1970, Marcelo saltou de uma pedra durante uma festa. No pulo, o hoje escritor, bateu a cabeça no fundo de um raso lago e fraturou uma vértebra. Paiva ficou tetraplégico.
À época, com 20 anos, Marcelo cursava engenharia agrícola na Unicamp (Universidade de Campinas). O acidente fez o jovem acadêmico largar a universidade.
“A Unicamp sempre esteve na minha fantasia, como o lugar em que eu fui muito feliz e, por outro lado, como o lugar em que eu sofri uma tragédia, a pior da minha vida, que mudou minha vida. A tragédia não foi exatamente na Unicamp, foi na Rodovia dos Bandeirantes, em um lago que existe até hoje em um sítio, mas foi em uma festa de fim de ano do terceiro ano de engenharia agrícola”, relembrou o escritor durante entrevista, em 2023, para o Jornal da Unicamp.
Depois do acidente, Marcelo ou por inúmeras sessões de terapia ocupacionais e fisioterapias. Com a recuperação, o escritor conseguiu recobrar os movimentos das mãos e dos braços.
Foi durante a recuperação, que Marcelo escreveu experiências e reflexões que o levariam ao primeiro livro e ao primeiro grande sucesso literário: “Feliz Ano Velho”. Na obra, o autor relembra como foi o acidente e as mudanças após o pulo que o deixou tetraplégico:
“Subi numa pedra e gritei:
Destaca Marcelo Rubens Paiva em trecho do livro “Feliz Ano Novo”.
– Aí Gregor, vou descobrir o tesouro que você escondeu aqui embaixo, seu milionário disfarçado.
Pulei com a pose do Tio Patinhas, bati a cabeça no chão e foi aí que ouvi a melodia: biiiii”.