Pretos e pardos recebem cerca de 30% a menos que brancos na Amazônia Legal z4653

O levantamento identificou também que pessoas não brancas têm mais dificuldades para encontrar um emprego e permanecer no mercado de trabalho. 4q181i

Pretos e pardos que moram nos estados que compõem a Amazônia Legal ganham, em média, entre 32% e 31% a menos por hora do que os brancos, conforme um estudo realizado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro.

Os dados abordam a população de Mato Grosso e também dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, parte do Maranhão e Tocantins.

estudo puc pretos e pardos
Plantação de Café em Alta Floresta, região Amazônica de Mato Grosso — Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Divulgado na última quarta-feira (01), o levantamento identificou também que pessoas não brancas têm mais dificuldades para encontrar um emprego e permanecer no mercado de trabalho.

O estudo mostra que mesmo quando as condições de escolaridade são iguais, ainda há uma grande diferença salarial. Nestes casos, pessoas pretas e pardas ganham 13% a menos por hora do que os brancos, número semelhante à média nacional.

O pesquisador Gustavo Gonzaga, afirma que a diferença salarial é explicada por características relacionadas à produtividade, como escolaridade, idade e localidade de moradia.

Ele afirma ainda que desigualdades no mercado de trabalho da região amazônica refletem a desigualdade racial da sociedade brasileira.

Segundo o pesquisador, a população preta possui menos o à educação, maior dificuldade de inserção produtiva, menos oportunidades de empregos de qualidade e menor rendimento do que a população branca.

Outro dado divulgado na pesquisa aponta que a maioria dos não brancos estão empregados sem carteira assinada (28% dos pretos e 30% do pardos). Além disso, 27% dos pretos e 28% dos pardos trabalham por conta própria, mas não contribuem com a Previdência Social.

Diferentes áreas de atuação 5k2m42

Um outro ponto de desigualdade é mostrado na pesquisa: a diferença no trabalho entre os brancos, pardos e pretos, revelando que menos pretos e pardos trabalham no setor de serviços, comércio e setor público se comparado com os brancos.

Na região amazônica, 17% da população preta e 18% da população parda trabalha no setor da agropecuária. Entre os brancos esse índice cai para 14%. A construção civil concentra 7% dos trabalhadores pretos e 5% dos brancos.

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Metade dos pardos que compõem a força de trabalho da região amazônica não conseguiu concluir o ensino médio. Já entre pretos, esse número é de 48%.

Mas quando o índice é aplicado à população branca, o estudo revela que 39% não conseguiu concluir o ensino médio.

Além disso, para o pesquisador, outro dado interessante da pesquisa é a consciência de raça entre as pessoas com ensino superior. Segundo Gonzaga, a proporção das pessoas que se autodeclaram pretas é bem mais alta entre aquelas com ensino superior, do que quem não possui graduação.

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