BQQ: bairro Santa Amália tem 27 anos de problemas a serem resolvidos 67o4g
Idosos como seo Francisco, de 92 anos, testemunham a história de um bairro que ainda espera por dignidade 4q1w4h
Há quase três décadas, os moradores do bairro Santa Amália convivem com ruas sem asfalto, esgoto a céu aberto e a falta de infraestrutura básica. A situação, que já se arrasta por 27 anos, representa riscos diários, especialmente para motociclistas, e afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida da população.

Poeira, doenças e um ado que não a 1y1ud
Francinaldo Teixeira Saraiva, porteiro e morador da região, desabafa: “O estado da rua é o mesmo há anos, e isso é um perigo para todos”. O problema vai além do desconforto — a poeira levantada pelos carros prejudica a saúde de idosos como seo Francisco, de 92 anos, que vive no bairro com a filha Vanderléia.
A história de seo Francisco se confunde com a do próprio Santa Amália. Ele comprou a casa em 1984, pagando 200 mil cruzeiros — valor considerável para a época. A data, rabiscada na calçada (26/06/84), marca não só uma memória, mas também os 40 anos de abandono de uma via que nunca foi pavimentada.
Saúde e educação em colapso 7385x
Enquanto isso, a Unidade de Saúde da Família (PSF) do bairro sofre com vazamentos de esgoto e falta de manutenção. Moradores denunciam que o problema persiste há anos, sem solução por parte do poder público.
Na educação, a situação é ainda mais crítica. Há cinco anos, o Santa Amália não tem uma única escola pública de ensino básico. A última, Marcelina de Campos, hoje está abandonada. Elvira Aparecida Xavier Ribeiro, ex-coordenadora da escola, lembra com saudade dos tempos em que o local atendia mil alunos em três turnos e oferecia projetos para a comunidade. “Era um espaço de transformação”, lamenta.
Centro comunitário: promessa não cumprida 152x1i
Outro símbolo do descaso é o Centro Comunitário, tomado pelo mato e completamente inutilizado. Um novo Centro de Convivência estava previsto para ser inaugurado em dezembro de 2023, mas as obras ainda não foram concluídas.
Globercil de Oliveira, massoterapeuta e moradora, resume o sentimento da comunidade: “Estamos cansados de esperar. O bairro merece dignidade”.
Enquanto isso, o Santa Amália segue na luta por um futuro melhor — um futuro que, para muitos, já deveria ter começado há décadas.