Trilhas invisíveis: a travessia dos cavalos no Pantanal alagado 642l48
No coração alagado do Pantanal, a natureza não apenas resiste — ela se reinventa. m1r1d
Em meio às águas que recobrem campos, estradas e pastagens, cavalos pantaneiros mostram por que são símbolo de força e adaptação. Um vídeo recente, gravado no Pantanal mato-grossense, revela animais atravessando áreas inundadas com elegância e segurança, como se o alagado fosse sua trilha habitual.
O registro foi compartilhado pelo perfil @pantanalblog. Veja:
Após cinco anos de secas severas, o Pantanal voltou a respirar água e vida. A cheia que marca 2025 devolveu à maior planície alagável do planeta sua exuberância natural. Os rios transbordaram, as estradas viraram canais, e o barco voltou a ser o meio de transporte mais confiável na região.
Os cavalos pantaneiros, criados em meio a vazantes e capões, não apenas sobrevivem nesse ambiente — eles prosperam. Pastando em áreas rasas, nadando entre ilhas de vegetação e conduzindo o gado por caminhos invisíveis, esses animais reafirmam sua importância histórica para a cultura pantaneira.
Para os pantaneiros, a cheia não é um problema — é uma bênção. A água traz de volta não só a vida ao bioma, mas também esperança, turismo e proteção contra os incêndios que devastaram a região nos últimos anos.
Entre 2020 e 2024, o Pantanal perdeu mais de 1 milhão de hectares para o fogo, e Mato Grosso chegou a decretar situação de emergência ambiental.
Agora, com os campos alagados novamente, o bioma ganha tempo para se recuperar. E os cavalos, firmes em suas travessias silenciosas, seguem como símbolos vivos da resistência pantaneira.