Refúgio natural da arara-azul se recupera de incêndios e cresce o nº de filhotes 4r6ia

Fazenda teve 92% da área queimada em 2020 4d2t3

Por causa dos incêndios que atingiram o refúgio natural das araras-azuis na Fazenda São Francisco do Perigara, no Pantanal de Mato Grosso, em setembro de 2020, apenas dois filhotes voaram naquele ano. Porém, segundo a idealizadora do Instituto Arara Azul, a bióloga e doutora em zoologia Neiva Guedes, a situação melhorou em 2021.  

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“Antes dos incêndios tínhamos lá em torno de 30 ninhos monitorados, mas com os incêndios a reprodução foi afetada. Já em 2021 tivemos mais casais reproduzindo, sem dúvida nenhuma”, informou.  

filhotes de arara-azul
Filhotes de arara-azul. (Foto: Flávia Zagury)

Segundo a bióloga, as equipes encontraram até o final de 2021 dois filhotes de araras-vermelhas, que já estão voando, quatro de araras-azuis e ninhos que estão com ovos.  

O Instituto Arara Azul monitora a fazenda há mais de 20 anos que funciona como um ponto de encontro para que os animais possam dormir. Mas os incêndios de setembro de 2020, que consumiram 92% da área da fazenda, também acabaram mudando isso.  

“As araras estão na fazenda, mas não usam o dormitório, estão dormindo mais espalhadas. Um dos locais é em uma árvore que conseguimos verificar que entre 150 e até 200 indivíduos se reúnem para dormir”.  

Filhotes de arara azul incêndio
Arara-azul volta a se reproduzir após devastação no Pantanal mato-grossense. (Foto: Flávia Zagury)

A arara-azul tem envergadura que pode chegar a 1,5 metro, sendo considerada a maior espécie de psitacídeos do mundo. A reprodução demora de sete a nove anos e os filhotes permanecem com os pais até completarem de 1 a 2 anos. 

Araras-azuis: até que a morte os separe 10d5h

As araras só vivem em famílias, grupos e bandos. Além disso, quando amadurecem, formam par até que um deles morra. Se alimentam da castanha de dois tipos de coquinhos, o acuri e a bocaiúva. Em casos extremos, podem comer outros alimentos. 

Fazenda se recupera dos incêndios   4p3h52

Apesar dos incêndios, a bióloga explicou que o fogo não atingiu de forma homogênea a fazenda e muitas espécies já voltaram a circular na região.  

“A fazenda está se recuperando. A gente já contou mais de 150 espécies, vimos anta, onça, jacaré, capivara, catetes e queixada. Vários animais da nossa fauna estão presentes na fazenda, mesmo depois dos incêndios. À medida que o tempo a, o número de indivíduos aumenta e as espécies vão se agregando e retornando para a fazenda”.   

Instituto Arara Azul incêndio
Fernanda Fontoura, Gonçalo da Silva, Bruno Carvalho (com filhote), Luciana Ferreira e Marcos Ferramosca, do Instituto Arara Azul. (Foto: Instituto Arara Azul)

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