Pesquisadores fazem registro raro de tatus-canastra no Pantanal de MT 3d573g
Também conhecido como tatu gigante, o tatu-canastra pode chegar a 1,5 metro de comprimento e 60 kg. O animal está na lista das espécies ameaçadas de extinção no Brasil 9711s
Pesquisadores conseguiram captar imagens da presença de tatus-canastra no Pantanal mato-grossense. O registro raro foi coletado nessa quinta-feira (19) durante o projeto de Monitoramento da Fauna Silvestre da Estrada Transpantaneira, realizado Sema-MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente). O animal está na lista das espécies ameaçadas de extinção no Brasil.
Também conhecido como tatu gigante, o tatu-canastra pode chegar a 1,5 metro de comprimento e 60 kg.
O vídeo – registrado no dia 16 de dezembro de 2022 e coletado na última visita da equipe de pesquisadores em campo – mostra dois tatus-canastra adultos juntos, ando em frente a uma das 15 câmeras trap instaladas na região.
Segundo o analista de meio ambiente da Coordenadoria de Fauna Silvestre da Sema, Marcos Roberto Ferramosca Cardoso, o que chama a atenção nas imagens são os dois tatus-canastra juntos, transitando durante o dia, já que o animal tem hábitos noturnos. (Confira o vídeo no início da reportagem)
Ao todo, seis câmeras do projeto, instaladas em diferentes locais conseguiram captar imagens dos indivíduos. O analista explica que a presença dos tatus-canastra na região é importante porque mostra não apenas a incidência da espécie, mas também aponta que o bioma oferece condições de sobrevivência para os animais.

Ele destaca ainda que é provável que a aparição diurna dos tatus-canastra se dê por causa da cheia, resultado das chuvas das últimas semanas. Diante disso, a espécie vai para as partes mais altas do Pantanal que não estão alagadas – nos aterros, capões e cordilheiras – escava e se abriga em tocas profundas no solo.
O tatu-canastra é um animal presente principalmente no Cerrado, mas pode ser encontrado em outros biomas como, neste caso, o Pantanal mato-grossense.
Monitoramento da Fauna Silvestre 61s5u
O monitoramento – iniciativa da Coordenadoria da Fauna e Recursos Pesqueiros – coleta informações voltadas às estratégias de conservação do ambiente, das espécies, e ações de proteção e atendimento emergencial aos animais silvestres.
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Com quase um ano de execução do projeto, os pesquisadores já podem avaliar quais as espécies de animais frequentam aquelas regiões em que estão instaladas as câmeras, em todos os ciclos das águas.
Além de monitorar a saúde dos animais flagrados pelas câmeras instaladas, é possível registrar os hábitos das espécies do Pantanal, emitir documentos técnicos e verificar a presença e a incidência de espécies ameaçadas de extinção.
Outros registros mostram animais que também estão ameaçados de extinção ou em vulnerabilidade, de acordo com a classificação brasileira. Entre eles, o tamanduá-bandeira, gato-mourisco, jaguatirica, onça-pintada, Cervo-do-pantanal, Anta, macaco-prego, entre outros.
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A Estrada Parque Transpantaneira é uma Unidade de Conservação que atravessa o Pantanal até a região do Distrito de Porto Jofre, a 241 km de Cuiabá. A unidade é de uso sustentável e tem cerca de 8,6 mil hectares. Neste corredor de biodiversidade, animais típicos da fauna silvestre podem ser facilmente avistados no local como tuiuiús, jacarés, cervos-do-pantanal, entre outros.