Pecuarista é multado em R$ 330 mil por abandono de gado; 65 animais morreram 51403w
O flagrante aconteceu em uma propriedade rural de Iguatemi; pecuarista não suplementava os animais e pastagem estava degradada g692v
Um pecuarista de 49 anos foi multado em R$ 330 mil por abandonar gado sem pastagem em uma propriedade rural de Iguatemi, a 394 quilômetros de Campo Grande. Sem alimento suficiente, 65 animais foram encontrados mortos e outros 11 sem condições de se levantar. As informações são da Polícia Militar Ambiental.

Na terça-feira (18), policiais militares ambientais receberam uma denúncia sobre maus-tratos e decidiram investigar. Quando chegaram até a propriedade, perceberam que a pastagem estava totalmente degradada. Com isto, os animais não tinham mais como se alimentar.
A irmã do fazendeiro acompanhou a vistoria e informou aos policiais que, ao todo, são 285 animais na fazenda. Deste total, 65 morreram e outros 11 estavam sem condições de se levantar. Os outros estavam desnutridos, com os ossos à mostra. Eles não recebiam nenhum tipo de suplemento alimentar.
O fazendeiro chegou a tentar amenizar o problema cometendo outro crime ambiental. Ele abriu vegetação em uma área protegida da reserva legal para o gado comer. Não adiantou. No local não havia pastagem e o que poderia servir de alimento foi consumido rapidamente pelos animais.
O gado vivo foi apreendido e a Iagro (Agência Sanitária Animal e Vegetal ) informada sobre o caso. O proprietário também foi notificado a adquirir alimentação suplementar para os animais com risco de responder por crime de desobediência e ser novamente autuado.
Mais crimes 33701w
Como na propriedade tinha várias áreas degradadas, ele também foi multado por isto. Em se tratando dos maus-tratos ao gado a multa foi de R$ 285 mil. Outros R$ 25 mil pela degradação da área de reserva e mais R$ 20 mil pelas erosões. O total das multas foi de R$ 330 mil.
O pecuarista também responderá por três crimes ambientais. Pelos maus-tratos e pela degradação da reserva legal a pena é de três a um ano para cada um e, pela erosão, a pena é de um a quatro anos de reclusão.