Onça que teria matado caseiro será monitorada e pode não voltar à natureza 3f3k58
Animal será monitorado pelo Plano de Ação Nacional para Conservação da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio 5g444q
A onça-pintada capturada há quatro dias, que terua atacado e matado o caseiro José Ávalo, no Pantanal sul-mato-grossense, provavelmente não será devolvida à natureza. O animal será monitorado pelo Plano de Ação Nacional para Conservação da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Atualmente, a onça está sob cuidados veterinários no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.
Segundo nota do ICMBio, o futuro do animal será definido em conjunto com a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e a Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do Instituto.
A expectativa é de que o felino seja destinado a uma instituição mantenedora de fauna habilitada, ando a integrar o Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada.
O ICMBio também acompanha o caso da morte do caseiro por meio da equipe do CENAP (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros).
As primeiras informações indicam que o macho de aproximadamente 94 kg apresentava comportamento de alta habituação humana.
Vídeos publicados em redes sociais mostram que onças da região eram frequentemente alimentadas por pessoas, prática conhecida como ceva.
Essa aproximação artificial aumenta o risco de ataques e acidentes fatais, especialmente para quem vive ou circula na área.
Após o incidente, a Polícia Militar Ambiental instalou armadilhas fotográficas para identificar a presença de outros felinos na região.
A captura do animal foi realizada por um médico-veterinário especializado, em operação coordenada pela Polícia Militar Ambiental, com orientação do ICMBio e apoio do Ibama.
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Estado de saúde da onça 3f4g10

De acordo com boletim veterinário, o felino, com idade estimada em 9 anos, está ativo e se alimenta normalmente.
Exames de sangue e de imagem foram realizados, revelando alterações agudas no fígado e nos rins, embora ainda sem sinais de insuficiência. Além disso, foi detectada uma inflamação no aparelho digestivo (gastroenterite), que está sendo tratada e monitorada clinicamente.
O animal também apresenta anemia leve, conforme apontam exames laboratoriais. As investigações sobre a causa das alterações continuam, com o apoio de exames moleculares.
Ataques são extremamente raros 5p3h5j
O CENAP destaca que ataques de onça-pintada contra humanos são eventos raríssimos no Brasil. Registros oficiais confirmam apenas dois casos fatais, embora existam indícios de subnotificação em estudos especializados.
Ainda assim, situações que envolvem habituação, como a ocorrida no Pantanal, aumentam o risco de encontros perigosos. Quando as onças perdem o medo dos humanos, sua reação natural pode ser alterada, gerando comportamentos imprevisíveis.
O ICMBio reforça orientações para quem visita regiões de habitat natural da onça-pintada:
- Evite caminhar sozinho — Grupos fazem mais barulho e inibem encontros.
- Mantenha barulho constante — Conversar ou bater bastões ajuda a alertar a presença.
- Evite horários críticos — Noite, amanhecer e entardecer são momentos de maior atividade.
- Não corra se avistar uma onça — Correr pode instigar o instinto predador.
- Mantenha contato visual e recue devagar — Sem movimentos bruscos.
- Jamais se aproxime de filhotes — A mãe pode atacar para proteger a cria.
- Evite levar cães — Eles podem atrair ou provocar a onça.
- Atenção a sinais de presença — Pegadas, fezes ou marcas em árvores são indícios da proximidade de felinos.
Comentários (1) 1j10k
Ao invés de sacrificarem o animal deveriam mantê-lo em um zoológico ou em alguma reserva onde possa ser monitorado sem risco de atacar alguém e até quem sabe, ser utilizado como reprodutor da espécie.
A culpa desse ataque não pode ser jogada pra cima do Animal mas sim do próprio ser humano que está acabando com as florestas para transformarem em pastos, reduzindo drasticamente a área de caça desses predadores, além do turismo ecológico que se utiliza de cevas (locais onde são colocados alimentos para atraírem as Onças) com a finalidade de poderem mostrar as Onças aos turistas que pagam para tirarem fotos e filmaram esses animais em seu ambiente “natural”.
Se há algum culpado nisso tudo é o próprio homem que invadiu a cada das onças e continua invadindo cada dia mais, pois os grandes pecuaristas exportadores de carne e gado vivo, não estão nem um pouco preocupados em manter essa espécie ou qualquer outra que não seja vista por eles como fonte de renda.
O que falta neste país é mais fiscalização e menos vista grossa, principalmente em relação aos grandes latifundiários detentores dos maiores rebanhos bovinos e das maiores lavouras. Esses sim são os responsáveis pela destruição de todos os biomas do Brasil.
A Onça nesse caso é tão vítima quanto o caseiro que infelizmente pagou com a própria vida pela falta de atenção, pelo descaso e falta de conhecimento em relação a esses animais.