Onça-pintada que aparece morta em vídeo foi identificada em novembro de 2021, diz ONG 376p1t
Animal foi visto pela 1º vez em novembro de 2021 6h3r19
A ONG Jaguar Identification Project afirma que a onça-pintada que aparece morta em um vídeo que está circulando nas redes sociais foi identificada em novembro de 2021. Na ocasião, o animal foi fotografado por um guia de turismo. O suspeito de ter matado a onça é um fazendeiro.

“Em novembro do ano ado um colega, que é guia, tirou a foto e deu o nome de ‘Queixada’. O rosto do ‘Queixada’ tinha um tipo limpo, os dentes jovens. Nós acreditamos que era um macho jovem”, declarou Abigail Martin, zoóloga americana, fundadora e coordenadora do Jaguar Identification Project.
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A defesa do fazendeiro Benedito Nedio Nunes Rondon, que afirma no vídeo que matou a onça-pintada, argumenta que as imagens foram feitas entre março e abril do ano ado, e que ele não foi o responsável pelo crime.
Abigail monitora desde 2013 onças-pintadas na região do Pantanal. Ela explicou que cada animal possui um padrão de manchas e pontos mais escuros, que podem ser comparados a impressões digitais. A partir dessas informações, um guia ou turista pode enviar fotos para o projeto que eles podem dar informações sobre o indivíduo.
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A zoóloga recebeu o vídeo que teria sido feito por Rondon e foi questionada se era uma onça daquela região. Para a especialista, trata-se mesmo de Queixada, visto pela primeira vez em 13 de novembro de 2021.
O suspeito de matar a onça-pintada e postar o vídeo nas redes sociais está com a prisão preventiva decretada e é considerado foragido. A defesa não informou se ele irá se entregar.
Vídeo da onça 3c9q
No vídeo que está circulando, o suspeito aparece ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal. O caso aconteceu na região do Pantanal mato-grossense. Durante o registro, ele diz ter matado o animal.
Ele afirma também que o felino ‘não valia nada’ e que, se fosse uma fêmea, aproveitaria para ter relações sexuais com o animal.
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Crime de caça 6h6a2p
O crime de caça, previsto no artigo 29 da lei 9.605/1998, na seção dos crimes contra a fauna, prevê pena de detenção de seis meses a um ano, e multa.
A lei caracteriza crime “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”.
Outro lado 31e
Além de negar que o fazendeiro tenha sido o responsável pela morte da onça, a defesa afirma que Benedito Rondon é de “família tradicional na cidade de Poconé”, que não tem antecedentes criminais e que “por um ato impensável que fez ao deparar com um animal morto”, ele “permitiu ser filmado em uma situação que vem causando vergonha” aos familiares.
Em nota enviada pelo advogado, o fazendeiro afirma estar “envergonhado”. Veja a íntegra da nota:
“A minha família e meus amigos
Estou envergonhado. Estou com muita vergonha de todos vocês. Decepcionado comigo próprio! De uma simples fanfarrice e “bravura” para um amigo, aconteceu o que jamais poderia ter acontecido: uma brincadeira de mau gosto, na hora errada e no lugar errado. Não fui eu quem matou a onça, e também, não perdi 15 bezerros! Isso foi há mais de um ano. Cheguei na fazenda e vi a onça esticada no chão, ensanguentada e morta. Daí começou todo o infortúnio e em um minuto de bobeira, tomado pela adrenalina, desci da camionete junto com o diarista e fiz o que está no vídeo. Lastimável e arrependido, mas repito, já estava morta! ando a tolice coloquei o animal na camionete e deixei na baía. Não pratico e não tenho nenhum tipo de crime ambiental. Sou vizinho há mais de 40 anos da Pousada Piuval, que hoje é um dos maiores Santuários de onça pintada, distante, aproximadamente de 1.000 metros da cerca de divisão, sabendo conviver pacificamente com esses animais. Repito, fui infeliz e já estou pagando muito caro, pois sou procurado como vivo ou morto o que é injusto e abusivo.”