Macaca resgatada após 20 anos de maus-tratos em MT ganha novo lar 3y5m6m
Uma macaca-aranha-de-testa-branca resgatada de uma propriedade rural em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, depois de 20 anos acorrentada e mantida em cativeiro, ganhou um novo lar. ‘Chicó’, como é chamada, agora vive no Parque Zoobotânico da Vale na Floresta Nacional de Carajás, no Pará, onde há um programa de conservação para a espécie. A […] 53736c
Uma macaca-aranha-de-testa-branca resgatada de uma propriedade rural em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, depois de 20 anos acorrentada e mantida em cativeiro, ganhou um novo lar. ‘Chicó’, como é chamada, agora vive no Parque Zoobotânico da Vale na Floresta Nacional de Carajás, no Pará, onde há um programa de conservação para a espécie.
A primata foi retirada da propriedade rural no dia 24 de março deste ano – a polícia foi até o local depois que um vídeo em que o dono da área aparecia dando bebida alcoólica para a macaca começou a circular nas redes sociais.

Após o resgate, Chicó foi para o hospital veterinário da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) de Sinop, onde permaneceu por quatro meses e ou por processo de reabilitação para recuperar costumes da espécie que tinha perdido por ter sido criada com humanos.
Na fazenda, a macaca usava coleira e se arrastava como um cachorro. A professora e pesquisadora veterinária da UFMT, Elaine Dione, explicou que faltava a ela postura de macaco-aranha, como o deslocamento em altura e utilização da cauda preênsil, porque ela sempre ficava no chão. Na propriedade rural, a primata também comia como um cão, sem usar as mãos.

“O macaco-aranha faz isso, mas é um comportamento onipresente, geralmente, usam muito as mãos e a cauda”, disse Elaine.
Essa espécie de macaco está na lista de primatas ameaçados de extinção do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).