Diferentões!!! Animais exóticos entram para o grupo dos pets 3b6917
Gatinhos, cachorrinhos, arinhos? Não! 4n4h5a
Você criaria uma serpente??? Pois é, tem pessoas que preferem cobras, lagartos e outros animais exóticos, aos pets comumente conhecidos e populares. E está tudo bem! Porque o importante é o amor dispensados aos animais.

Além disso, é preciso criar uma consciência de cuidado com os bichos, independente se são pets domésticos ou animais silvestres. Independente de estarem na nossa casa ou na natureza.
O advogado Eliéser Val, por exemplo, adquiriu como pet uma jiboia, da espécie arco-íris. Segundo ele, é um animal dócil e, diferente do que muita gente imagina, não ataca, a não ser, que se sinta ameaçada. Além disso, não é do tipo venenosa e que pudesse oferecer riscos.
A prova da docilidade de Selena [nome da cobra] é que a filha dele, Olívia, de 6 anos, brinca com o animal, enquanto joga vídeo game. A filha mais velha, Sofia também já se adaptou à convivência com o réptil. Eliéser até já levou Selena na balada, numa cervejaria de um amigo.

Selena chegou na vida da família há cerca de um ano. Junto com ela também vive o gato, Blue, de maneira harmoniosa, no entanto, os donos estão sempre atentos para que um não invada o espaço do outro.
“Eu queria que minhas filhas crescessem tendo carinho por pets diferentes, porque essa compreensão vai fazer muito diferença no futuro. Porque, na verdade, existe um certo preconceito com este tipo de animal porque as pessoas têm medo. A adoção de animais diversos vai trazer o entendimento de que não é só do bichinho fofinho que você tem que cuidar, inclusive, há vários animais que estão em extinção porque não têm que os defendam”, declarou ele.

Falando em cuidados, o advogado explica que os cuidados com Selena são bem simples e básicos: ela é criada num terrário, onde há uma reprodução do habitat natural para que ela possa se sentir mais confortável. A cobra é alimentada a cada 15 dias e precisa de cerca de 5 dias a uma semana para descansar.
“Neste período de digestão, ela precisa ficar quietinha, no cantinho dela. Não é bom que a gente fique pegando nela, manipulando, porque ela pode ar mal e ‘vomitar’. E, se ela a mal, demora cerca de uma semana para se recuperar e poder comer novamente”, explicou ele.
As cobras criadas como pets, costumam comer comem ratos. O tamanho do alimento oferecido deve proporcional do tamanho do animal.

O biólogo Felipe Dezzotti de Godoy, tem nove serpentes. Além disso, cria ratos e baratas que são vendidos como alimentos vivos para os animais que tem estes dentro da cadeia alimentar. Ele começou a criar animais mais exóticos em 1994.
“Aos 9 anos, eu já me interessava por sapos, que pegava desde girinos. Quando ia para o sítio de minha avó ou dos meus tios, costumava achar os filhotes e os criava. Também gostava de aranhas caranguejeiras. Também já tive aquelas tartaruguinhas que eram vendidas na feira. Até que um dia, em uma praia de São Paulo, conheci um cara que tinha um iguana, dai peguei o contato da loja que vendia e de lá para, sempre tive e sou fissionado por répteis”, conta ele.

Segundo ele, as serpentes são um dos pets mais maravilhosos. Quando adultas se alimentam a cada 15 dias, consequentemente, fazem suas necessidades nesse mesmo intervalo de tempo. Para ele, elas demandam pouco espaço, não desenvolve carinho ou afeto ao dono, portanto se a pessoa não se adaptar à criação, pode ar para outra pessoa ou devolver para a loja que o animal não vai sofrer.
A serpente mais velha está com Felipe há seis anos.
Leia mais 6p1262
Legislação 5w6439
A criação de bichos silvestres é gerida pela Instrução Normativa nº 7, de 30 de abril de 2015. Ela institui e e regulamenta as categorias e manejo da fauna que podem ser criadas em cativeiro.
De acordo com Eliéser, a documentação é bem rígida, entretanto, existem casas de pet shop e empresas especializadas nesse tipo de animal. “Geralmente, quando a pessoa adquire um bicho de forma legal, ele já vem com toda a documentação necessária, com registro no Ibama e outros órgãos de Proteção Ambiental, podendo inclusive serem transportadas”, explicou.
Além disso, muitos destes animais são rastreados. Eles vêm com um chip para serem identificados onde quer que estejam.
A autorização para criação em cativeiro é feita pelo Ibama. No entanto, a Delegacia de Meio Ambiente investiga denúncias que chegam. As denúncias podem ser feitas pelos números 197 ou 181 da Polícia Civil.