Caso Malu: família encontra cachorrinha após ser atropelada e abandonada em terreno baldio 1k4bf

Pet fraturou todo o quadril e deve operar na segunda-feira (26). A autora do atropelamento responderá por maus-tratos. m5c51

Caso Malu rendeu no Primeira Página! A cachorrinha, de seis anos, da raça Lhasa Apso, reencontrou a família nesta última quinta-feira (23) após ser atropelada e abandonada no bairro Jardim das Perdizes, em Campo Grande.

Reencontro da família com Malu. Cachorrinha continua internada na clínica e deve operar na segunda (26)

A pequena foi atropelada na última terça-feira (21) na rua debaixo de sua casa, no bairro Vilas Boas. Segundo a tutora dela, Mirian Pereira, de 45 anos, Malu escapou por volta das 13h30, quando o sogro foi limpar a calçada.

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A saga da Malu começou a partir do momento em que o acidente ocorreu: a mulher que a atropelou de carro, conforme seu depoimento na Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), chegou a recolher a cachorrinha.

Câmera de segurança registrou momento em que Malu é atropelada, na rua Santana, no bairro Vilas Boas

Ainda conforme a autora, Malu foi levada até uma clínica veterinária, mas após saber o valor do exame e da internação não quis pagar o tratamento e levou para sua própria casa.

A mulher relatou que deu um medicamento para aliviar as dores da cachorrinha e depois a soltou na região do bairro Vilas Boas, segundo ela, na “esperança de que o animal encontrasse os donos”.

Malu foi encontrada com a perna esquerda quebrada em um terreno baldio, no bairro Jardim das Perdizes. Sueli Guerreiro de Araújo Barbosa, de 52 anos, que resgatou a peluda.

“A pessoa que atropelou largou ela na rua. Estou acabada”, alegou Mirian no dia em que descobriu o paradeiro da mascote.

Malu foi encontrada machucada em um terreno baldio, no bairro Jardim das Perdizes

“A conduta dela no nosso entendimento caracteriza maus-tratos, não pelo fato de atropelar. O atropelamento, por incrível que pareça, não é um crime porque é um ato culposo, ela não queria atropelar, aconteceu”, enfatizou o delegado Maércio Alves Barbosa.

O problema, segundo ele, é que “no momento em que ela assumiu a responsabilidade de cuidar do animal ela deveria ir até o final”, ressaltou.

Desfecho do caso Malu 6x5721

De acordo com Mirian, Malu continua internada na mesma clínica onde Sueli a levou. Ela fraturou toda a região dos quadris e vai operar na segunda-feira (26).

“O caso dela é bem complexo. Serão necessárias várias cirurgias corretivas”, alegou o médico veterinário responsável pelo caso.

Malu internada na clínica, no bairro Rouxinóis

Malu vai precisar colocar placa e até pinos. “Ela corre sim risco de não andar mais. Tem que refazer tudo ali, mas a gente acredita que vai dar certo”, afirma Mirian.

Maithê, de 10 anos, filha da tutora, chegou quase adoecer pelo caso da Malu. “Não aguentava mais ver minha filha chorando. A menina ficou difícil de comer”, relembra. “Ela está bem melhor. Estamos todos aliviados”, finaliza Mirian.

Caso Malu: entenda o caso

Uma moradora presenciou o atropelamento e contou para a tutora da cachorrinha a autora era uma mulher em um carro, um Ford Courier, de cor prata.

A mesma ainda pediu ajuda sobre onde levar o animal. Mirian chegou a ligar em 10 clínicas 24h. Em apenas uma, informaram que uma pessoa entrou em contato sobre preço de consulta e exame de raio-x.

Malu na cadeirinha Arquivo pessoal
Caso Malu: cachorrinha de seis anos foi atropelada, sumiu e reapareceu abandonada em um terreno baldio. (Foto: Arquivo Pessoal)

Na manhã de quinta-feira, ela havia sido informada de que Malu estava viva e havia sido deixada no mesmo local onde o acidente aconteceu. Porém, nenhum vestígio da cachorrinha foi encontrado.

Mirian então foi até a Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e registrou um boletim de ocorrência.

No mesmo dia descobriu que Malu foi encontrada abandonada e machucada em um terreno baldio, no bairro Jardim das Perdizes; e encaminhada para uma clínica da região do Rouxinóis.

Denúncias 561y4u

A Decat é responsável por todos os casos que englobam maus-tratos a animais domésticos e silvestres. O delegado Maércio reforça:

“Desistiu de continuar assistindo o animal [atropelado] e o abandonou na rua à sua própria sorte, não responde criminalmente pelo atropelamento. Contudo, a segunda conduta, consistente no fato de abandonar o animal na rua e ir embora, entendo que configura crime de maus-tratos”, alega.

Segue o endereço e contato da Decat:

  • Rua Sete de Setembro, nº 2.421 – Centro. Telefone: (67) 3325-2567 / (67) 3382-9271.

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