"Animais não são bagagens", protestam tutores no Aeroporto Marechal Rondon 3d5s6v
A iniciativa ocorre após a morte de Joca, um cachorro da raça golden, de 5 anos, morrer durante o transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia Gol, depois de um erro no destino 1g1k4j
“Animais não são bagagens, são o amor de alguém”, assim manifestaram um grupo de tutores e Ongs de animais, durante protesto realizado neste domingo (28) no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
A iniciativa ocorre após a morte de Joca, um cachorro da raça golden, de 5 anos, morrer durante o transporte aéreo da Gollog, empresa da companhia Gol, depois de um erro no destino, na última segunda-feira (22).
A manifestação pacífica teve início às 9h30. Em entrevista ao Primeira Página, Sandra Barbosa, diretora do Abrigo Aliança 4 Patas de Cuiabá, além de pedir justiça para Joca, um dos objetivos da iniciativa é chamar atenção das empresas aéreas para que revejam o transporte ideal para os animais.
“O animal não é bagagem, é uma vida como a minha, como a sua, e a gente tem que realmente lutar por esses animais. Eles não falam, mas nós somos a fala deles. Nós estamos ali para lutar por eles e muitas coisas precisam ser mudadas. O descaso das pessoas em relação aos animais é muito grande”, ressalta.
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Em imagens cedidas por Menotti Griggi e Sandra, o protesto contou com tutores, acompanhados dos seus pets, defensores da causa animal e Ongs da capital mato-grossense e região. Eles se reuniram no saguão do aeroporto com faixas e cartazes.

A diretora presidente da Ong Tampatinhas Cuiabá, Kelly Rondon, que também participou da ação, defendeu a importância das empresas terem mais responsabilidade na hora de transportar os animais.
“Esse transporte é pago, muitas vezes até mais caro do que uma agem de uma pessoa, de uma poltrona. Então, a gente gostaria do tratamento [para os animais] exatamente como nós somos tratados”, destaca Kelly.
A responsável pela Ong reflete ainda sobre o caso do Joca. O animal de estimação deveria ter sido transportado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop, a 503 km de Cuiabá, mas acabou sendo embarcado em um voo com destino a Fortaleza (CE). Quando o tutor João Fantazzini foi buscá-lo de volta em Guarulhos, descobriu que ele não sobreviveu à viagem.
O encontro foi marcado por meio das redes sociais. Protestos também ocorrem em outros aeroportos do Brasil, como os de Cumbica, em Guarulhos – onde a morte foi registrada –, também no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e em Brasília, no Aeroporto Juscelino Kubitschek.
“Uma viagem que era para durar duas horas e pouco, durar oito horas, sem ninguém para acompanhar aquilo, para averiguar, para dar uma água, para tirar esse animal de dentro da caixa de transporte, colocar num ambiente climatizado para esperar. Nossos pets não são bagagens, são seres vivos, são membros da família”, enfatizou.
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“Espero que, num futuro bem próximo essas empresas se conscientizem e comecem a fazer o transporte desses animais em cima, junto com seus tutores, como já são feitos com os animais de pequeno porte. Um animal de grande porte, pode estar com um peitoral; guia; fucinheira; pode estar de fralda. Isso tudo precisa ser debatido e estudado, para num futuro próximo começar a funcionar”, acrescenta Kelly.
Morte de cadelas esquecidas dentro do carro 4f704j
Entre os tutores que protestavam no aeroporto estava Cláudia Castro, que no início do mês perdeu suas duas cadelas, Lizzie e Inês, após ambas serem esquecidas dentro do carro de um pet shop.
Em entrevista ao Primeira Página, os proprietários do pet shop confirmaram que as duas cadelas da raça maltês, foram esquecidas no carro do pet shop por cerca de 30 minutos. Os donos do local consideram que foi o caso foi uma fatalidade.
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Ela estava com um cartaz com os dizeres “Somos o amor de alguém” e as fotos das cadelas.
Cão Joca 3n2n34
Joca, um cachorro da raça golden, de 5 anos, morreu na segunda-feira (22). A família de João Fantazzini disse que o jovem mudou para Sorriso, a cerca de 80 km de Sinop, a trabalho, e que trazia Joca como único companheiro para viver com ele em Mato Grosso.
O tutor do cachorro que morreu no transporte aéreo da Gol, João Fantazzini Júnior, afirmou que o mais doloroso é saber que Joca sofreu antes de morrer.

Segundo o tutor, foi apresentado à companhia aérea um atestado veterinário que indicava que o animal aria uma viagem de duas horas e meia. Com o erro da empresa, porém, Joca ficou quase 8 horas no trajeto.
O golden retriever Joca, de cinco anos, foi levado por engano para Fortaleza e ficou cerca de 1h30min na pista de embarque e desembarque, com temperatura de cerca de 36° C, segundo a família, dentro do canil, sem comer.
Por meio de nota, a Gol afirmou que foi surpreendida pela morte de Joca porque ele teria recebido cuidados da equipe na capital cearense. Segundo a empresa, a morte aconteceu logo depois do pouso em Guarulhos (leia nota completa abaixo).
Confira nota completa da Gol 6s5m1j
“A GOL lamenta profundamente o ocorrido com o cão Joca e se solidariza com a dor do seu tutor. A Companhia informa que o cão Joca deveria ter seguido para Sinop (OPS), no voo 1480 do dia 22/04, a partir de Guarulhos (GRU), porém, por uma falha operacional o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza (FOR).
Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos (GRU) para reencontrar o Joca.
A equipe da GOLLOG na capital cearense desembarcou o Joca e se encarregou de cuidar dele até o embarque no voo 1527 de volta para Guarulhos (GRU). Neste período, foram enviados para o tutor registros do Joca sendo acomodado de volta na aeronave. Infelizmente, logo após o pouso do voo no aeroporto de Guarulhos (GRU), vindo de Fortaleza, fomos surpreendidos pelo falecimento do animal”.