Depois de dois anos servindo com lealdade e bravura à PE (Polícia do Exército), os cães militares Scott e Sally tiveram de “aposentar a farda” antes do previsto. Os irmãos da raça Pastor Belga Malinois contraíram leishmaniose, foram “reformados”, mas terão um recomeço por meio da adoção.
Em breve, em vez de coletes táticos, focinheiras e da disciplina militar dos canis, eles vão conhecer o conforto de um novo lar, receber o carinho de uma família e viver a tranquilidade merecida após anos de serviço.
A trajetória dos heróis de 4 patas 5c2n3r
Cão militar em missão. (Foto: CMO)
De acordo com o CMO (Comando Militar do Oeste), os cães chegaram ao Exército ainda filhotes. Desde então, foram treinados para atuar em operações de patrulhamento, detecção de drogas e demais missões de segurança, principalmente na faixa de fronteira com o Paraguai.
Em dois anos de serviço, cada um dos cães atuou em cerca de 130 missões e se tornou símbolo de coragem e eficiência. No entanto, durante os exames que fazem parte dos protocolos de saúde e controle sanitário realizados rotineiramente pelo Exército, veio o diagnóstico da zoonose.
Os militares do 9º Batalhão de Polícia do Exército iniciaram imediatamente os procedimentos necessários para garantir o bem-estar dos cães, afirma o CMO. No entanto, Scott e Sally precisaram ser afastados por segurança.
“A legislação do Exército, no caso em questão, busca proteger os demais cães, assim como os militares que trabalham com eles, motivo pelo qual os animais serão ‘reformados’.”
Cabe ressaltar que cachorros contaminados com leishmaniose não transmitem a doença diretamente entre si ou para seres humanos. No entanto, o tratamento é crucial — sem ele, a zoonose pode levar a óbito em até 90% dos casos, conforme o Ministério da Saúde.
O tratamento para leishmaniose incluiu a aplicação de medicação que reduziu a carga viral da doença a níveis mínimos, garantindo a qualidade de vida dos cães.
Cão militar em ação. (Foto: CMO)
Adoção é o recomeço v2v3s
Com o afastamento, os heróis de quatro patas do Exército foram encaminhados para a ONG (Organização Não Governamental) de proteção aos animais, Pedacinho do Céu, que se comprometeu a recebê-los e a dar continuidade ao tratamento.
A Pedacinho do Céu, inclusive, já conseguiu dois tutores para os animais, que irão compartilhar a guarda com a ONG. Uma das tutoras é uma veterinária, que dará continuidade ao acompanhamento dos irmãos, segundo Tereza Rodrigues Bandeira, responsável pela Pedacinho do Céu.
A ONG está em fase de conclusão dos procedimentos burocráticos para a adoção dos cães. A expectativa é de que eles se mudem para os novos lares ainda esta semana. Uma mudança de ares merecida, que promete ser cheia de carinho e cuidado.
Cães militares “reformados” do Exército terão recomeço através da adoção.
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