Produção de grãos pode atingir novo recorde com 315,8 milhões de toneladas 512u

Segundo 9º Levantamento da Safra de Grãos, realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo 34l6p

A produção de grãos no Brasil poderá atingir um novo recorde com a safra de grãos 2022/2023. Conforme nova estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgada na terça-feira (13), os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas no período, podendo registrar um crescimento de 15,8% – um volume de 43,2 milhões de toneladas – superior ao estimado no ciclo anterior.

Colheita de soja em MS (Foto: Chico Gomes)
Segundo 9º Levantamento da Safra de Grãos, a soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. (Foto: Chico Gomes)

O 9º Levantamento da Safra de Grãos revela ainda que a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 78,1 milhões de hectares.

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Com a colheita praticamente finalizada, a soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. Chegando a 99,9% da área semeada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas.

O resultado supera em 24% a produção da temporada ada, ou seja, cerca de 30,2 milhões de toneladas colhidas a mais.

Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra da soja, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas.

Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha.

Segundo o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, em ambos os casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo.

exportações Milho, soja, algodão, carne e ouro são os cinco produtos mais exportados pelo estado. (Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT)
Projeção também é de um novo recorde com produção de milho no país. (Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT)

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Para o milho, a projeção também é de um novo recorde com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas, somando-se as 3 safras do cereal ao longo do ciclo – 11,1% acima do volume produzido em 2021/22, o que corresponde a 12,6 milhões de toneladas.

Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas.

Demais culturas 3702a

Ainda de acordo com o 9º Levantamento da Safra de Grãos, o algodão, outra importante cultura de 2ª safra, tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma.

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Algodão tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas na safra 2022/23. (Foto: Reprodução)

As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, e predominam os estádios de formação de maçãs e maturação, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul.

Para o arroz, a expectativa é que sejam colhidas cerca de 10 milhões de toneladas na safra 2022/23. Já para o feijão, é esperada uma produção em torno de 3 milhões de toneladas, somando-se as três safras da leguminosa.

Dentre as culturas de inverno, destaca-se o trigo. A área semeada do cereal já atinge 46,9% no país, o que representa um crescimento de 9,7% na área plantada, com a cultura podendo alcançar 3,4 milhões de hectares, o que resulta em uma produção de 9,8 milhões de toneladas.

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Segundo a Conab, neste 9º levantamento a companhia manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra de grãos 2022/23 para os principais produtos analisados. Com isso, ainda se espera um volume recorde para as vendas internacionais de milho e soja no país.

Os bons volumes projetados de produção para milho e soja no Brasil permitem embarques em torno de 95,6 milhões de toneladas para a oleaginosa e 48 milhões de toneladas para o cereal.

O gerente de Estudos Econômicos, Estatísticos e Política Agrícola da Companhia, Allan Silveira, analisa que ainda é preciso estar atento a alguns importantes fatores externos, como a safra norte-americana, que ainda pode ser impactada por questões climáticas, bem como a demanda do mercado chinês, a possibilidade de uma recessão mundial, entre outros fatores que afetam os preços e a demanda dos produtos.

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