MS ampliou produção de calcário em 144 no período de 7 anos 6i33s
Conforme dados a RM (Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais do Brasil), no ano ado, foram retirados 7,1 milhões de toneladas/ano de minérios das terras sul-mato-grossense 62461a
Nos últimos sete anos, Mato Grosso do Sul produziu 32 milhões de toneladas de corretivos de solo e brita calcária. Dono da maior reserva de calcário do Brasil, o Estado registrou um crescimento de 144% na produção durante o ano de 2022, o que gerou uma arrecadação de R$ 9 milhões de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral).

Conforme dados a RM (Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais do Brasil), no ano ado, foram retirados 7,1 milhões de toneladas/ano de minérios das terras sul-mato-grossense. De acordo com o levantamento, no ano de 2016 a produção foi de 2,9 milhões de toneladas, ou seja, em seis anos o crescimento foi de 144%.
Segundo o secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), hoje Mato Grosso do Sul tem 53 processos minerários para calcário na ANM (Agência Nacional de Mineração): 105 para requerimento de pesquisas, 27 Autorizações de pesquisas, 09 de licenciamento e 11 Pedidos de concessão de lavra.
A meta para o próximo ano é alcançar a autossuficiência na produção de calcários (calcítico e dolomítico) e atender em 100% da demanda estadual.
“Ainda importamos calcários de outros estados como o Paraná e Minas Gerais. Por isso temos alguns gargalos a romper, como por exemplo, a questão da energia demandada, que gradativamente as empresas estão resolvendo, com a instalação de energia solar”, afirmou o secretário.
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Hoje, o município de Bela Vista – cidade que fica a 313 quilômetros de Campo Grande – é o maior produtor de calcário do Estado e arrecadou no ano ado um total de R$ 5.806.815,12, o que corresponde a 64% da arrecadação estadual.
Bodoquena vem logo em seguida com R$ 1.616.587,63 e em terceiro lugar, Miranda com R$ 1.089.687,87, as duas cidades somam 18% e 12% da arrecadação de todo o Estado.
As rochas calcárias são utilizadas de várias formas, como por exemplo, rochas fonte na obtenção de blocos para a indústria de construção civil, material para agregados, indústria de vidro, siderúrgica, cimento, cal, corretivos de solos, rochas ornamentais, entre outros.
Segundo Eduardo Pereira, responsável da área de Mineração da Semadesc, o calcário é um dos bens minerais de maior gama de aplicações na indústria – pode ser utilizada na produção até no agronegócio, onde tem o poder de corrigir a acidez dos solos na produção de grãos ou pastagens.
Aqui, a maioria dos solos são ácidos, por isso, a necessidade do calcário. “A calagem é adequada para melhorar as condições de baixa fertilidade e o calcário é o principal produto utilizado por questões econômicas e práticas, age neutralizando os elementos tóxicos e fornecendo o cálcio e o magnésio para as outras culturas, tornando assim o solo mais produtivo”, destacou.